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Moody's melhora perspectiva da dívida da Argentina de estável para positiva

24/11/2015 22h24

Buenos Aires, 24 nov (EFE).- A agência Moody's melhorou nesta terça-feira a perspectiva da qualificação da dívida da Argentina, que passou de "estável" a "positiva", após a eleição do conservador Mauricio Macri como novo presidente do país.

Apesar da melhora na perspectiva, a qualificação foi mantida em CAA1 porque persistem determinadas "incertezas".

"A mudança de perspectiva está baseada na opinião da Moody's de que a chegada ao poder do presidente eleito Mauricio Macri da coalizão Cambiemos aumentará as probabilidades de implementação de políticas creditícias positivas", disse a agência em comunicado.

Estas políticas esperadas inclui, segundo a qualificadora, uma solução do litígio em tribunais de Nova York com os fundos especulativos, que reivindicam à Argentina bônus em moratória no valor de US$ 1,3 bilhão, mais juros.

"Macri deixou claro de maneira consistente e progressiva que suas políticas de governo representarão oportunidades mais amigáveis para o mercado que as observadas durante os últimos 12 anos", destacou a Moody's em seu relatório.

A agência lembrou que Macri, que assumirá a presidência no próximo dia 10 de dezembro, se comprometeu a dar "imediata resolução" ao conflito com os fundos querelantes.

Uma solução para este assunto é, segundo a qualificadora, "indispensável para que o governo possa obter empréstimos no exterior, que provavelmente necessitará para poder cumprir com o pagamento previsto de obrigações de serviço da dívida".

"As reservas oficiais caíram a menos de US$ 22 bilhões, o que suscita incerteza sobre a capacidade do governo para cumprir com suas obrigações de serviço da dívida em 2016 e acrescenta pressão para uma rápida resolução da disputa com os credores 'holdout'", advertiu a Moody's.

A agência disse, além disso, que espera que o novo governo se esforce para "melhorar o entorno econômico e institucional do país nos próximos meses, através de uma série de reformas que pretendam fazer frente a níveis de inflação persistentemente altos e à falta de confiabilidade dos dados oficiais".