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China limita capacidade de venda de grandes acionistas para conter quedas

Ng Han Guan/AP Photo
Imagem: Ng Han Guan/AP Photo

07/01/2016 05h42

Xangai (China), 7 jan (EFE).- A Comissão Reguladora das Bolsas de Valores da China anunciou nesta quinta-feira (7) novas regras que limitarão a capacidade de venda de títulos dos grandes acionistas chineses a um máximo de 1% do total de ações de uma companhia.

Com isso, esses grandes acionistas, que detêm 5% ou mais dos títulos de uma empresa, não poderão negociar mais de um 1% do total em um prazo de três meses. Além disso, deverão anunciar ao mercado seus planos de fazê-lo com pelo menos 15 dias de antecipação.

Essas regras, que entrarão em vigor no próximo sábado, também serão aplicadas ao mercado secundário, que acontece antes da abertura e no qual costumam ser decididas as vendas de títulos de grandes acionistas e principais diretores de empresas, embora os mesmos não sejam contabilizados no cômputo das ações.

Regra vai expirar

A nova decisão sucederá outra medida, tomada durante a queda das Bolsas no ano passado para conter suas quedas e que impede que os grandes acionistas negociem qualquer um de seus títulos durante seis meses.

Essa decisão expira amanhã e é apontada como uma das causas do colapso de hoje e da última segunda-feira, justamente porque amanhã é seu último dia.

Cerca de 1 trilhão de títulos seriam desbloqueados com o fim da medida e a comissão reguladora não esperava vendas maciças.

No entanto, as quedas acentuadas de hoje e de segunda-feira foram causadas pela ação antecipada dos investidores, que queriam obter o máximo de lucro antes que seus títulos perdessem valor nos dias posteriores ao vencimento da medida, segundo suas previsões.

Segunda suspensão

A nova decisão foi anunciada hoje pouco depois que as Bolsas chinesas tiveram o pregão mais curto de sua história, que durou apenas 28 minutos, entre fortes quedas dos índices SSE Composite (7,32%), em Xangai, e SZSE Component (8,35%), em Shenzhen.

A situação de hoje é ainda pior que a de segunda-feira, quando os mercados chineses fecharam mais cedo pela primeira vez na história, 92 minutos antes de seu fechamento habitual.

O fim antecipado do pregão acontece em virtude de novas regras estabelecidas pela comissão reguladora das bolsas chinesas, que entraram em funcionamento na segunda-feira e estabelecem o mecanismo de 'circuit braker', pensado para que não se repitam as fortes quedas em cadeia do ano passado, que afetaram os mercados mundiais.