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Setor privado grego convoca greve geral contra reforma da previdência

15/01/2016 13h42

Atenas, 15 jan (EFE).- A confederação grega de sindicatos do setor privado (GSEE) convocou nesta sexta-feira uma greve geral para o próximo dia 4 de fevereiro contra a reforma da previdência que o governo da Grécia negocia com os credores do resgate.

A decisão da GSEE foi tomada em sua conferência nacional.

"A minuta da reforma da previdência destroça os aposentados, os assalariados e, além disso, o futuro dos jovens. Diante desta tempestade de medidas bárbaras, a GSEE, junto com os trabalhadores, os aposentados, os jovens e os pequenos e médios empresários, seguirá lutando contra estas políticas injustas e ineficazes", declarou a confederação.

Esta será a terceira greve geral contra o Executivo grego dirigido por Alexis Tsipras

A última aconteceu em 3 de dezembro, e também foi convocada em protesto contra as mudanças no sistema de previdência.

A controvertida reforma da previdência já provocou mobilizações em todo o país, por prever estender a idade de aposentadoria até os 67 anos e aumentar a contribuição dos trabalhadores e patrões às previdências suplementares.

Isto motivou a forte rejeição social, pois os aposentados gregos já viram suas pensões encolherem em média 30% nos últimos anos.

Um grupo de 200 agricultores bloqueou hoje a estrada entre Argônios e Nafplio, duas localidades do Peloponeso, e outros 500 bloquearam a estrada entre Serres (norte da Grécia) e a fronteira com Bulgária.

Para amanhã, sábado, a confederação de sindicatos do setor público (ADEDY) e GSEE organizaram uma manifestação conjunta em Atenas.

Na próxima semana está previsto um protesto da associação de aposentados e uma greve de 48 horas dos ferris em todo o país.

Além disso, estarão em greve os engenheiros e os advogados que, após o protesto de ontem, que teve uma ampla adesão, cinco mil pessoas, decidiram continuar com as interrupções parciais até dia 22 de janeiro.

No terceiro resgate pactuado com as instituições credoras, o governo grego se comprometeu a economizar este ano 1% do Produto Interno Bruto na previdência.