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Bolsas de países do Golfo caem até 6% por preço do petróleo e acordo com Irã

17/01/2016 09h08Atualizada em 17/01/2016 09h48

Dubai/Doha, 17 jan (EFE).- As Bolsas de Valores dos países do Golfo desabaram neste domingo até 6% por causa da queda do preço do petróleo, em seu ponto mais baixo em 12 anos, e pela derrubada das sanções ao Irã.

A Bolsa saudita teve hoje queda de 6,5%, para 5.458 pontos. O mercado saudita perdeu cerca de US$ 32 bilhões na última semana.

Segundo os dados divulgados no site oficial da Bolsa de Valores do Qatar (QSE), a queda no reino foi de 5,96%, e fechou este domingo em 9,185.12 pontos.

Os índices gerais das Bolsas de Dubai e Abu Dhabi também desabaram na manhã deste domingo, primeiro dia da semana nos Emirados Árabes Unidos (EAU): -5,3% e -4,4%, respectivamente.

No caso de Dubai, é a maior perda dos últimos cinco meses. Os retrocessos afetam principalmente os setores de finanças, investimento, imobiliário e construção.

A Dubai Emaar Properties, companhia promotora de quase 30% das propriedades desenvolvidas pelo governo, caiu 4,8%, e a Dubai Islamic Bank, -5,7%, sua maior perda desde agosto.

Analistas radicados nos Emirados Árabes atribuem essas quedas das Bolsas às maciças vendas realizadas pelos investidores na região, após o preço do petróleo cair para menos de US$ 30.

Os governos do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), integrado por Arábia Saudita, Emirados Árabes, Kuait, Bahrein, Qatar e Omã, países que reúnem 30% das reservas de petróleo do mundo, dependem da receita energética para manter seus orçamentos.

O Índice 200 GCC Bloomberg, que faz um acompanhamento das 200 maiores empresas do Golfo, caiu 4,7%, alcançando seu nível mais baixo desde março de 2011.

O preço do barril da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que tem como membros Kuait, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, ficou na quinta-feira passada em US$ 25.

Além disso, o acordo assinado pelo Irã e as grandes potências, que entrou em vigor ontem, levanta as sanções à República Islâmica e a permite voltar a exportar seu petróleo a outros países, piorando a situação de um mercado saturado.