Macri põe "dois ou três anos" como meta para normalizar inflação na Argentina
Buenos Aires, 10 fev (EFE).- O presidente da Argentina, Mauricio Macri, disse nesta quarta-feira (10) que o governo "está comprometido" a reduzir a inflação, mas acrescentou que levará "dois a três anos" para chegar a ter dados "como os outros países da América Latina e do mundo".
Em seu discurso na inauguração de um supermercado na província de Buenos Aires, o líder argentino afirmou que o governo anterior, de Cristina Kirchner, "não só é o que mais impostos cobrou na história da Argentina, mas o que voltou a levar a inflação a dois dígitos".
"Uma das mais altas do mundo", destacou.
Sem estatísticas oficiais, o governo afirmou no começo de fevereiro que a inflação se desacelerou em janeiro em relação ao mês anterior, exceto em casos concretos, e manteve suas previsões de uma alta de preços em torno de 25% para 2016.
"Nosso governo está comprometido a reduzir a inflação, e dissemos que é um caminho que vai levar dois ou três anos para chegarmos a ter uma inflação como os outros países da América Latina e do mundo", afirmou hoje Macri.
Aplicativo para monitorar preços
Ele antecipou que o governo lançará um aplicativo para monitorar os preços dos produtos nos supermercados, uma tentativa de reduzir os preços mediante a concorrência, ao facilitar à população a comparação de preços, "para encontrar o melhor preço e assim defender seu salário".
"Pedimos a todos (os supermercados) que publiquem na internet todos os preços dos artigos que vendem para que com um aplicativo de celular qualquer argentino possa checá-los", acrescentou Macri.
"E aí estaremos todos controlando a publicação dos preços e ajudando neste momento que estamos vivendo, nesta paulatina redução da inflação, afete o menos possível a todos os argentinos", considerou.
O Instituto Nacional de Censo e Estatísticas (Indec) - muito questionado durante o kirchnerismo - deixou de divulgar o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) após a mudança de governo, em dezembro, já que as novas autoridades do organismo decidiram configurar um novo sistema.
Esse novo índice só estará pronto no segundo semestre.
Até então, o Indec remeteu ao IPC de Buenos Aires, que informou de uma inflação de 3,9% em dezembro em comparação com o mesmo mês de 2014 e 2015 com uma inflação de 26,9%.
"Que todos trabalhemos juntos para conseguir que a Argentina volte a crescer. Que volte a crescer quando houver investimento", alfinetou o presidente em seu discurso nesta quarta-feira, em que estava acompanhado de diversas autoridades, como a governadora da província de Buenos Aires, María Eugenia Vidal.
"Isso é o que todos precisamos. Trabalho, para poder projetar, saber para para onde vamos", considerou, ressaltando seu desejo de que os argentinos "saiam do trabalho informal".
"Que não tenham que se resignar a algum político inventar um trabalho e que depois terminar dizendo que são 'ñoquis' (funcionários fantasmas, que não trabalham mas recebem), porque não fazem nada de real e a custo de toda a sociedade. E esse é o desafio que temos, criar trabalho de qualidade, para que todos possamos crescer", concluiu o presidente argentino.
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