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Airbnb amplia aluguel de imóveis em Cuba a turistas de todo o mundo

20/03/2016 13h29

Washington, 20 mar (EFE).- A empresa americana de aluguel de imóveis particulares Airbnb anunciou neste domingo uma ampliação de sua licença pela qual turistas de todo o mundo, e não só dos EUA, poderão se alojar nas 4 mil residências que dispõe em Cuba.

A licença especial, emitida pelo Departamento do Tesouro dos EUA, entrará em vigor em 2 de abril, segundo um informou a empresa de São Francisco em comunicado enviado à Agência Efe.

O anúncio do Airbnb ocorre no dia em que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, inicia uma visita histórica de três dias a Cuba que pretende impulsionar a normalização de relações entre ambos país anunciada em dezembro de 2014.

O dia 2 de abril é simbólico para o Airbnb em Cuba porque marca seu primeiro aniversário na ilha como primeira grande empresa dos Estados Unidos em entrar no mercado cubano após o início do degelo entre ambas as nações.

A empresa alcançou uma rede de 4 mil imóveis de aluguel que visitaram mais de 130 mil americanos e o mercado na ilha já é o de crescimento mais rápido da história da empresa fundada em 2008.

A empresa, com casas em 40 cidades e povoados da ilha, tem um terço de sua oferta fora de Havana, em outras cidades de interesse turístico como Trinidad, Viñales, Santiago de Cuba, Matanzas (a 40 quilômetros de Varadero) e Cienfuegos.

Até agora só os turistas americanos podiam se hospedar nos imóveis da companhia em Cuba e para isso deviam provar que viajavam sob umas das 12 categorias da licença que permitida aos cidadãos dos EUA.

O ingresso médio para quem aluga sua casa em Cuba com Airbnb é de US$ 250 por reserva, segundo detalhou hoje a companhia.

O executivo-chefe e co-fundador da Airbnb Brian Chesky compartilhou hoje emocionado a notícia em sua conta no Twitter e anunciou que nestes momento está viajando à ilha para se reunir com os donos de casas que a empresa aluga e para participar também em eventos da Casa Branca.

O anúncio do Airbnb chega um dia depois que o grupo americano Starwood assinou com Cuba um acordo para operar dois hotéis em Havana, o primeiro acordo bilateral com uma empresa dos EUA desde 1959.

Trata-se, no caso de ambas companhias, de licenças especiais emitidas pelo governo dos Estados Unidos perante sua impossibilidade de suspender unilateralmente o embargo comercial e econômico com Cuba, algo que só o Congresso pode fazer.