Saída da União Europeia custaria 130 bi de euros ao Reino Unido, diz estudo
Londres, 21 mar (EFE).- Abandonar a União Europeia (UE) poderia ocasionar perdas de 130 bilhões de euros à economia do Reino Unido, segundo um relatório da empresa de consultoria PwC encomendado pela Confederação da Indústria Britânica (CBI) e divulgado nesta segunda-feira (21).
Os analistas acreditam que o país poderia perder o equivalente a 5% de seu PIB (Produto Interno Bruto) nos próximos quatro anos se deixar o mercado comum após o referendo sobre a filiação à UE do próximo dia 23 de junho.
No caso de Londres romper com a UE, mas chegar a um acordo de livre-comércio com Bruxelas, o impacto econômico para o Reino Unido se reduziria a 3% do PIB, segundo a PwC.
Segundo esses cenários, as receitas familiares seriam entre 2.730 a 4.810 euros inferiores em 2020, enquanto a taxa de desemprego poderia aumentar entre 2% e 3%, o que colocaria em risco até 950 mil postos de trabalho.
'Passo atrás'
A análise sustenta que o crescimento econômico se reduziria entre 2017 e 2020, e poderia chegar a ser nulo em 2017 ou 2018, devido ao impacto no comércio e nos investimentos acarretados pela saída da União Europeia.
"Este estudo mostra muito claramente por que deixar a União seria um passo atrás real para os padrões de vida, o emprego e o crescimento", afirmou a diretora-geral da CBI, Carolyn Fairbairn.
"A economia que representaria ter de contribuir menos com o orçamento europeu e ter de cumprir menos regulações seria superada amplamente pelo impacto negativo", acrescentou Fairbairn.
Para a responsável pelo organismo da indústria, "mesmo no melhor cenário possível, representaria um sério golpe para as finanças britânicas".
"A economia acabaria recuperando-se com o tempo, mas nunca voltaria ao caminho do que poderia ter sido. Deixar a União Europeia levaria a uma economia mais paupérrima em 2030", ressaltou.
Por sua parte, o analista da PwC, Andrew Sentance, comentou que a saída do bloco provocaria "três grandes golpes" no Reino Unido: "Uma maior incerteza, um choque negativo para o comércio e os investimentos, e uma força de trabalho reduzida pela imigração".
"Enquanto o potencial que representa reduzir as regulações e diminuir as contribuições fiscais pode ser visto como uma compensação, o impacto líquido de deixar a União teria efeitos negativos no PIB, no mercado de trabalho e no nível de vida, tanto no curto como no longo prazo", concluiu Sentance.
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