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FMI: América Latina terá contração de 0,5% em 2016 e crescerá 1,5% em 2017

12/04/2016 10h55

Washington, 12 abr (EFE).- A economia na América Latina e no Caribe contrairá 0,5% em 2016, o que configura o segundo ano consecutivo de recessão para a região, embora em 2017 terá um crescimento de 1,5%, afirmou nesta terça-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Embora o comportamento da região tenha sido, em termos gerais, "o esperado pelas previsões", o FMI afirma em seu relatório "Perspectivas Econômicas Globais" que a contração no Brasil "foi mais profunda do que o esperado", o que provocará neste ano uma contração do PIB de 3,8%, igual a 2015.

O relatório reconhece que "há substanciais diferenças entre regiões e países", com a América do Sul "muito afetada" pela queda dos preços das matérias-primas, enquanto o México, a América Central e o Caribe estão se beneficiando pela recuperação dos Estados Unidos e pelos baixos preços do petróleo.

Neste contexto, o FMI prevê que o México siga crescendo "a um ritmo moderado" de 2,4% neste ano e de 2,6% em 2017 graças à vitalidade da economia americana.

O Brasil é o caso oposto. A recessão do ano passado continuará neste ano, com outra contração de 3,8% de seu Produto Interno Bruto (PIB), o que afetará de forma negativa o emprego e as receitas efetivas.

Além disso, "as incertezas domésticas seguem restringindo a capacidade do governo para formular e executar políticas", acrescenta o relatório.

Mas para 2017, o organismo prevê que o Brasil voltará ao crescimento.

Entre os exportadores de petróleo sul-americanos, a Colômbia crescerá neste ano 2,5%, seis décimos a menos que no passado, para recuperar o ritmo em 2017 , enquanto a Venezuela seguirá neste ano "em uma profunda recessão".

O país bolivariano se contrairá 8% neste ano, após 5,7% de queda do 2015.

E Equador contrairá 4,5% e 4,3% em 2016 e 2017, respectivamente.

O relatório "Perspectivas Econômicas Globais" foi divulgado ao início da reunião do FMI e do Banco Mundial (BM) em Washington, que reúna durante esta semana os líderes econômicos dos 188 países-membros de ambas instituições.