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Wells Fargo demitiu 5.300 funcionários nos EUA por criar contas falsas

08/09/2016 22h46

Los Angeles (EUA), 8 set (EFE).- O banco americano Wells Fargo demitiu 5.300 funcionários durante a investigação sobre a abertura de milhares de contas bancárias falsas, sem solicitação dos clientes, que sua equipe realizou desde 2011 sob a pressão de cumprir com os objetivos fixados pela entidade.

O número de demissões de funcionários por "práticas inapropriadas de vendas" foi divulgado pelo Escritório para a Proteção Financeira do Consumidor dos Estados Unidos, uma agência federal que fez parte da investigação do caso, enquanto o Wells Fargo confirmou o dado posteriormente à emissora "CNN".

Hoje se soube que o banco radicado em San Francisco (Califórnia) tinha entrado em acordo com as autoridades federais e da cidade de Los Angeles para pagar US$ 185 milhões de multa para encerrar este caso, assim como US$ 5 milhões adicionais de compensação para os clientes afetados pelas comissões e encargos originados por contas que não tinham solicitado.

Segundo os investigadores, alguns funcionários do Wells Fargo, pressionados para cumprir as metas determinadas pela entidade, abriram até dois milhões de contas bancárias sem o consentimento dos clientes.

Entre outras más práticas, os funcionários transferiram fundos de maneira ilegal a contas não autorizadas e criaram códigos PIN para cartões de débito que os clientes nunca pediram.

Até o momento, o total de compensações aos clientes alcançou um total de US$ 2,6 milhões, com uma média de US$ 25 por conta.

"Os funcionários do Wells Fargo abriram de forma secreta contas sem autorização para alcançar os objetivos de vendas e receber bônus", disse hoje em comunicado o diretor do Escritório para a Proteção Financeira do Consumidor, Richard Cordray.

O responsável pela agência federal afirmou, além disso, que esta multa deveria ser uma chamada de atenção para todo o setor em relação aos "sérios riscos" e possíveis "consequências legais" que podem acarretar os programas de incentivos de vendas se não forem monitorados adequadamente.

Por sua parte, o Wells Fargo afirmou em uma nota divulgada hoje que o pacto com as autoridades responde a seu "compromisso" com os clientes e a seu interesse "de deixar esta situação no passado".

"O Wells Fargo está comprometido a sempre pôr os interesses de nossos clientes em primeiro lugar, e lamentamos e assumimos a responsabilidade de qualquer ocasião na qual nossos clientes tenham recebido um produto que não solicitaram", acrescentou o comunicado. EFE

dvp/rsd