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Maduro afirma que oposição e "máfias colombianas" dirigem "golpe monetário"

02/12/2016 22h30

Caracas, 2 dez (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta sexta-feira que a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) e as "máfias colombianas" montaram uma "imensa operação" para dar um "golpe de Estado econômico" e "deixar o país sem papel-moeda", que escasseou nas últimas semanas.

"Venho denunciar este golpe de Estado econômico, monetário, dos setores financeiros internacionais e de alguns setores financeiros nacionais contra a tranquilidade de nosso povo", afirmou o presidente venezuelano na emissora de televisão estatal "VTV".

Maduro ressaltou que desde outubro seu governo "enfrentou com muita prudência uma operação contra o papel físico das cédulas", e que esta foi dirigida de Cúcuta, cidade colombiana que faz fronteira com o ocidente venezuelano.

Segundo o chefe de Estado, "a direita" quer impor na Venezuela um sistema de câmbio de divisas paralelo ao oficial "de uma conta em Miami", e a partir desta conta elevar o valor do dólar "a níveis desastrosamente loucos".

Maduro afirmou também que, no marco do diálogo político iniciado há um mês entre seu governo e a oposição, a MUD se comprometeu "a condenar o brutal ataque à moeda que se faz de Miami", e que a coalizão opositora não cumpriu sua palavra.

No último dia 25 de novembro, a Associação Bancária da Venezuela (ABV) emitiu um comunicado no qual informa de um "processo de introdução" de cédulas de maior denominação nas entidades bancárias do país caribenho, que compensará a escassez de 'dinheiro vivo' que se registrou nos últimos dias.

"As limitações transitórias (...) são consequência do processo de introdução de uma nova gama de cédulas de maior denominação, (o que) tornou necessário aplicar medidas que permitam distribuir o efetivo disponível entre clientes e usuários até que se incorporem as novas peças monetárias", detalha a nota.

Maduro destacou que esta decisão é parte das "medidas de resposta" que o governo venezuelano adotou para atenuar o problema e antecipou que "em breve" entrarão em circulação vários milhões de cédulas de 500 bolívares (pouco menos de US$ 1) e de 5.000 bolívares (pouco mais de US$ 7).