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Presidente egípcio reconhece que situação econômica é "realmente difícil"

08/12/2016 12h18

Cairo, 8 dez (EFE).- O presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, reconheceu nesta quinta-feira que a situação no Egito devido à carestia é "realmente difícil", por isso que pediu ao governo que tome as medidas oportunas para controlar os preços dos produtos básicos.

"As circunstâncias são difíceis e os preços estão altos", afirmou Al Sisi em discurso pronunciado por causa do aniversário do nascimento do profeta Maomé.

Em sua alocução, pronunciada em árabe clássico e em coloquial, o líder voltou a pedir paciência aos cidadãos e confiança no Executivo.

"Tenham a segurança de que o governo se esforça para que a situação não saia do controle, nós pedimos que sejam dispostos os artigos de primeira necessidade a preços adequados por pelo menos uns seis meses, já que o preço do câmbio (do dólar) não continuará por muito tempo", ressaltou Al Sisi.

O Banco Central depreciou no começo de novembro a libra egípcia em mais de 100%, o que se traduziu em um aumento dos preços de todos os produtos.

Segundo Al Sisi, o câmbio atual da libra egípcia (US$ 1 vale cerca de 18 libras egípcias) não é real e em cerca de seis meses se estabilizará.

O atual preço do dólar "de 17 e 18 (libras por dólar) não é o preço verdadeiro, mas até que haja um equilíbrio passarão vários meses. Eu digo que nos demos seis meses para que os preços caiam, pelo menos os dos artigos básicos", acrescentou o chefe do Estado do país mais populoso do mundo árabe.

O antigo marechal, eleito há dois anos e meio presidente, afirmou que a situação atual se deve ao atraso na aplicação de reformas.

"Levamos seis anos, que custaram uma alto preço para todos nós, desde (a revolução de) em 25 de janeiro de 2011 até agora, e teve um alto custo que nós estamos pagando", acrescentou.

Neste sentido, insistiu que pediu ao governo que alivie os encargos econômicos para os egípcios com menos ingressos, para que possam enfrentar estas circunstâncias difíceis.

Por outro lado, pediu também ao Executivo que lute contra a corrupção, o favoritismo e o nepotismo.