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Trump ameaça Toyota com taxas se construir nova fábrica no México

05/01/2017 17h47

Washington, 5 jan (EFE).- O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quinta-feira a Toyota com a imposição de taxas se a montadora japonesa construir uma nova fábrica no México.

"Toyota Motor diz que construirá uma nova fábrica em Baixa (Califórnia), México, para produzir automóveis Corolla para os EUA. DE NENHUMA MANEIRA! Construa a fábrica nos EUA ou pague uma grande taxa alfandegária", escreveu Trump em sua conta no Twitter.

A empresa japonesa anunciou em abril de 2015 sua intenção de investir US$ 1 bilhão no México para construir uma nova unidade de montagem do Corolla. Porém, a fábrica que a Toyota está construindo no México desde novembro para produzir o sedã fica no estado de Guanajuato. Em Baixa Califórnia, a montadora já tem uma fábrica, a qual está ampliando e onde é produzida a caminhonete Tacoma.

A Toyota fabrica atualmente o Corolla, modelo que é o segundo colocado em vendas nos Estados Unidos no segmento de sedãs compactos, em Mississipi (EUA) e Cambridge (Canadá).

A montadora tornou-se assim a terceira a ser ameaçada por Trump com a imposição de taxas alfandegárias por produzir veículos no México.

Na terça-feira, Trump ameaçou a General Motors (GM) de forma semelhante se mantiver a produção do Chevrolet Cruze hatch no México e os exportar aos Estados Unidos.

No ano passado, o então candidato à presidência ameaçou a Ford com uma tarifa de 35% pelos veículos que produzisse no México se construísse no país uma nova fábrica para produzir o Ford Focus para a América do Norte.

Na terça-feira, o presidente da Ford, Mark Fields, anunciou o cancelamento do investimento de US$ 1,6 bilhão no México, uma medida que classificou como um "voto de confiança" em Trump.

Mas a Ford também disse que manterá a produção do Focus no México, em suas instalações na cidade de Hermosillo.

As ameaças de Trump contra a Toyota foram feitas poucas horas depois de o presidente da companhia japonesa, Akio Toyoda, declarar em Tóquio que tem uma boa relação com o presidente eleito americano e que não tem planos imediatos para reduzir sua produção no México. EFE

jcr/id