Odebrecht quer vender ativos no Peru para pagar provedores
Lima, 23 mar (EFE).- A Odebrecht quer vender seus ativos no Peru para pagar seus provedores e iniciar a reparação civil por seu envolvimento em casos de corrupção, embora lamente os "impedimentos" que está encontrando para cumprir esse objetivo, afirmou nesta quinta-feira o representante da construtora brasileira no país, Mauricio Cruz.
Cruz afirmou, em entrevista publicada pela revista peruana "Caretas", que a construtora "é solvente" porque tem sete concessões no Peru e um patrimônio de US$ 2 bilhões, mas lamentou que não possa chegar-se a uma solução porque, em sua opinião, "falta a boa vontade da outra parte".
O executivo reiterou a disposição da empresa brasileira em colaborar com a Justiça peruana sem objeções, "com a intenção de poder vender e pagar todos nossos credores, provedores, trabalhadores e a reparação civil; ficar no zero".
"Mas há duas pedras no caminho: a autorização de venda de nossos ativos e o destino do dinheiro", acrescentou o diretor da Odebrecht, que propôs "uma melhor gestão do Decreto de Urgência 003, porque dinheiro há".
O funcionário se referiu assim ao decreto impulsionado pelo governo do presidente Pedro Pablo Kuczynski que submeteu a empresa brasileira a um controle de seus ativos, para garantir entre outras coisas o pagamento de qualquer indenização que lhe possa ser imposta pela Justiça peruana pelos atos de corrupção nos quais esteve envolvida.
Assim, Cruz lamentou que o governo peruano não tenha autorizado, até o momento, o pedido da Odebrecht para repassar suas concessões no projeto de irrigação Olmos, que abrange 43.500 hectares de cultivos no litoral norte do Peru, e o uso de 100 milhões de sóis (quase US$ 31 milhões) para o pagamento dos diversos provedores que não têm a ver com os casos de corrupção.
"Os congelamentos, embargos e retenções impediram a Odebrecht de pagar grande parte de seus credores nacionais e internacionais nas últimas semanas, pondo em risco a continuidade dos projetos, além do risco de insolvência de suas centenas de credores", ressaltou.
Cruz lembrou que a construtora tem 560 empresas provedoras "fazendo fila e 7.000 trabalhadores esperando seus salários e benefícios sociais", e salientou que, devido ao fato de que é impossível que o governo assuma essa dívida, se for aprovada a venda de suas concessões em Olmos, é possível quitar a dívida com provedores "em poucos dias".
Além disso, evidenciou seu temor de que se destroce a cadeia de pagamentos se não se agilizar a determinação da quantia do montante da reparação civil, que deve ser estabelecida pela Procuradoria da República.
"No entanto, a procuradora disse aos veículos de comunicação que o montante é incalculável e que não informará do mesmo até que o processo de colaboração da Odebrecht seja concluído, o que poderá demorar meses" lamentou.
Segundo Cruz, o decreto, que congelou todas as vendas de bens da Odebrecht "desde simples computadores até a hidrelétrica de Chaglla, avaliada em US$ 1,7 bilhão", já está afetando os pagamentos, assim como os embargos paralelos aos quais a empresa foi submetida por parte da SUNAT (Fazenda peruana).
Estes embargos envolveram 33 contas da empresa e dinheiro e imóveis no valor total de 100 milhões de sóis (US$ 30 milhões).
Igualmente, a estatal Electroperú reteve 40% do montante que deveria pagar pela compra de energia gerada na hidrelétrica de Chaglla, o qual deveria ter ido diretamente aos bancos internacionais que financiaram o projeto.
Cruz afirmou, em entrevista publicada pela revista peruana "Caretas", que a construtora "é solvente" porque tem sete concessões no Peru e um patrimônio de US$ 2 bilhões, mas lamentou que não possa chegar-se a uma solução porque, em sua opinião, "falta a boa vontade da outra parte".
O executivo reiterou a disposição da empresa brasileira em colaborar com a Justiça peruana sem objeções, "com a intenção de poder vender e pagar todos nossos credores, provedores, trabalhadores e a reparação civil; ficar no zero".
"Mas há duas pedras no caminho: a autorização de venda de nossos ativos e o destino do dinheiro", acrescentou o diretor da Odebrecht, que propôs "uma melhor gestão do Decreto de Urgência 003, porque dinheiro há".
O funcionário se referiu assim ao decreto impulsionado pelo governo do presidente Pedro Pablo Kuczynski que submeteu a empresa brasileira a um controle de seus ativos, para garantir entre outras coisas o pagamento de qualquer indenização que lhe possa ser imposta pela Justiça peruana pelos atos de corrupção nos quais esteve envolvida.
Assim, Cruz lamentou que o governo peruano não tenha autorizado, até o momento, o pedido da Odebrecht para repassar suas concessões no projeto de irrigação Olmos, que abrange 43.500 hectares de cultivos no litoral norte do Peru, e o uso de 100 milhões de sóis (quase US$ 31 milhões) para o pagamento dos diversos provedores que não têm a ver com os casos de corrupção.
"Os congelamentos, embargos e retenções impediram a Odebrecht de pagar grande parte de seus credores nacionais e internacionais nas últimas semanas, pondo em risco a continuidade dos projetos, além do risco de insolvência de suas centenas de credores", ressaltou.
Cruz lembrou que a construtora tem 560 empresas provedoras "fazendo fila e 7.000 trabalhadores esperando seus salários e benefícios sociais", e salientou que, devido ao fato de que é impossível que o governo assuma essa dívida, se for aprovada a venda de suas concessões em Olmos, é possível quitar a dívida com provedores "em poucos dias".
Além disso, evidenciou seu temor de que se destroce a cadeia de pagamentos se não se agilizar a determinação da quantia do montante da reparação civil, que deve ser estabelecida pela Procuradoria da República.
"No entanto, a procuradora disse aos veículos de comunicação que o montante é incalculável e que não informará do mesmo até que o processo de colaboração da Odebrecht seja concluído, o que poderá demorar meses" lamentou.
Segundo Cruz, o decreto, que congelou todas as vendas de bens da Odebrecht "desde simples computadores até a hidrelétrica de Chaglla, avaliada em US$ 1,7 bilhão", já está afetando os pagamentos, assim como os embargos paralelos aos quais a empresa foi submetida por parte da SUNAT (Fazenda peruana).
Estes embargos envolveram 33 contas da empresa e dinheiro e imóveis no valor total de 100 milhões de sóis (US$ 30 milhões).
Igualmente, a estatal Electroperú reteve 40% do montante que deveria pagar pela compra de energia gerada na hidrelétrica de Chaglla, o qual deveria ter ido diretamente aos bancos internacionais que financiaram o projeto.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.