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Corbyn diz que falta de acordo com UE "será um fracasso histórico"

29/03/2017 09h49

Londres, 29 mar (EFE).- O líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, disse nesta quarta-feira no parlamento que não alcançar um acordo para o "Brexit" com Bruxelas seria "um fracasso nacional de proporções históricas".

Em um discurso na câmara dos Comuns após a ativação do "Brexit", o líder da oposição no Reino Unido reivindicou a necessidade de garantir a "proteção para os empregos e os padrões de vida" dos cidadãos.

Em resposta ao discurso da primeira-ministra, Theresa May, Corbyn acrescentou que seu partido "não dará carta branca" ao governo conservador "para utilizar o Brexit a fim de atacar os direitos, a proteção e cortar os serviços públicos" no país.

O líder trabalhista considerou que os planos de May para a saída do país do bloco comunitário são "temerários e daninhos" e opinou que a dirigente conservadora e seu governo devem "escutar, consultar e representar todo o país" durante as negociações com a União Europeia (UE) nos próximos dois anos.

Também insistiu que o acordo negociado deve "refletir" as necessidades de todo o país.

"Se a primeira-ministra quer unir o país como diz que pretende fazer, o governo tem que escutar, consultar e representar todo o país, não só os ideólogos tories de 'linha dura' de seu próprio partido", alertou.

Segundo ressaltou hoje o líder opositor, se a chefe do Executivo retornar de Bruxelas no final do período negociador sem ter feito um pacto com os 27, esse cenário terá "terríveis consequências para o Reino Unido".

"Deixem eu ser claro: não ter um acordo é um acordo ruim", declarou.

Neste sentido, afirmou que seu partido usará "todas as oportunidades parlamentares para assegurar que este governo responda por suas ações em todos os níveis das negociações".

Também ressaltou que o Reino Unido necessita manter o acesso completo ao mercado único a fim de proteger a economia britânica.

"Todos temos um interesse em assegurar que a primeira-ministra obtenha o melhor acordo para este país", disse o líder trabalhista, e recalcou que "a fim de salvaguardar empregos, padrões de vida" é necessário "ter um acesso completo ao mercado único".