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Europa tem dia de alta com Alemanha e zona do euro

07/01/2014 16h54

São Paulo - As bolsas da Europa tiveram nesta terça-feira, 7, um dia de forte entusiasmo entre os investidores e fecharam a sessão com altas expressivas. Esse cenário foi impulsionado pelos dados positivos sobre emprego na Alemanha e ganhou ainda mais força depois dos sinais de desaceleração da inflação na zona do euro, o que aumenta as perspectivas para que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie novas medidas de estímulos à economia na próxima reunião. O índice Stoxx Euro 600 fechou com ganhos de 0,7%, a 329,40 pontos.

A inflação da zona do euro, que era uma preocupação do BCE no curto prazo, deve continuar a ser um motivo de discussão nos próximos encontros dos formuladores de política da região. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do bloco subiu 0,8% em dezembro, em comparação ao mesmo mês de 2012. O resultado ficou abaixo da alta de 0,9% da leitura final de novembro. A meta do BCE é um patamar próximo a 2%.

Nas últimas reuniões, o BCE reduziu e depois manteve a taxa básica de juros para a mínima histórica de 0,25% por causa do movimento de desinflação na região. Na quinta-feira, 9, data da próxima reunião do banco, as chances de mudanças são pequenas, mas há uma expectativa para o longo prazo.

Da Alemanha, o otimismo dos investidores veio do mercado de trabalho. O número de desempregados na maior economia da zona do euro recuou 15 mil em dezembro. Em termos ajustados, passou de 2,98 milhões em novembro para 2,965 milhões em dezembro. Mesmo com o recuo, a taxa de desemprego ajustada no país se manteve em 6,9%.

Além dos indicadores, a Irlanda emitiu nesta terça-feira € 3,75 bilhões em bônus de dez anos, na primeira operação desde que o país saiu do programa de ajuda financeira, no fim de 2013. A emissão atraiu uma demanda de € 14 bilhões e terminou com yields de 3,543%. A notícia impulsionou as ações de bancos por toda a Europa, o que também ajudou a sustentar os bons resultados nos principais mercados de ações.

A maior alta do dia foi registrada na Bolsa de Madri, que fechou com ganhos de 2,93%, aos 10.178,70 pontos. O mercado ainda repercutiu os bons números do índice gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviço, divulgado nesta segunda-feira, 6, que atingiu o maior nível desde julho de 2007. Subiu de 51,5 em novembro para 54,2 em dezembro. Os bancos foram destaque no mercado corporativo, com o Caixabank ganhando 7% nas ações, Bankinter avançando 4,8%, BBVA 5,7% e Santander com alta de 4%.

Na Itália, o índice FTSE Mib subiu 1,2%, aos 19.468,75 pontos, com suporte das ações das instituições financeiras. Intesa Sanpaolo e Unicredit ganharam mais de 3%. A Telecom Itália também foi destaque, com alta de 4,2%, ainda impulsionada pelos rumores de uma possível venda dos negócios no Brasil, a Tim Brasil.

O índice CAC40, da Bolsa de Paris, avançou 0,83%, aos 4.262,68 pontos. Os bancos também influenciaram o mercado da França, assim como os bons resultados do mercado de trabalho alemão. Credit Agricole teve ganhos de 6,1% nos papéis, acompanhado pelas altas de 4% do Société Generale e de 2,9% do BNP Paribas. As ações da Air Liquide e Solvay foram pressionadas por comentários negativos e fecharam com quedas de 1,6% e 3,3%, respectivamente.

Em Frankfurt, o índice DAX fechou em alta de 0,8%, aos 9.506,20 pontos. As instituições financeiras também se firmaram como destaques, com os papéis do Commerzbank subindo 6% e o Deutsche Bank 3%. Na Bolsa de Londres, a petroleira BP PLIC ganhou 1% nas suas ações e ajudou o índice FTSE avançar 0,4%, aos 6,755,45 pontos. Já os papéis da companhia de água, Severn Trent, caíram 2,2%, depois que o banco JP Morgan rebaixou a classificou da empresa de neutra para negativa. A Bolsa de Lisboa fechou na máxima da sessão, com alta de 2,46%, aos 6.957,74 pontos.