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Marinho diz que principais dúvidas são BPC e aposentadoria rural

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho - TV NBR
O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho Imagem: TV NBR

Idiana Tomazelli e Mariana Haubert

Brasília

26/02/2019 17h16

O secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, admitiu que as mudanças nas regras do benefício assistencial para idosos e miseráveis (BPC) e a aposentadoria rural são os pontos que mais estão na mira das bancadas de deputados.

"Está tendo menos dúvidas do que esperávamos. Praticamente as dúvidas são sobre BPC e aposentadoria rural", disse Marinho, que faz nesta terça-feira (26) uma peregrinação pelas lideranças de partidos para explicar os detalhes da proposta, após deixar reunião com a bancada do PSDB.

Questionado se as mudanças no BPC e na aposentadoria rural fazem parte da "espinha dorsal" da reforma, o secretário respondeu apenas que elas "são importantes para a estrutura". Marinho afirmou que a equipe econômica ainda não fez nenhuma estimativa de qual seria o impacto de eventuais mudanças nesses dois pontos para atender os parlamentares.

O secretário disse também que o debate mais aprofundado sobre a mudança no BPC vai ficar público na comissão especial que será formada após o texto da PEC passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A expectativa do governo é conseguir reverter parte dessa resistência inicial dos parlamentares à mudança no benefício assistencial.

'Bola está com Congresso'

Marinho afirmou ainda que é preciso aguardar o início da discussão na comissão especial para ver o que de concreto será proposto pelos parlamentares por meio das emendas ao texto. Ele tem destacado diversas vezes que a "bola agora está com o Congresso", que poderá eventualmente fazer mudanças na proposta de reforma e tem autonomia para isso.

Marinho destacou também que a proposta combate os privilégios e vai aliviar a cobrança de alíquota previdenciária para mais de dois terços da população, com redução da contribuição de 8% para 7,5%. Por outro lado quem ganha mais e está na camada mais rica da população pode ter de recolher até 22%.

O secretário está reunido com a bancada do PR, cujo líder José Rocha (BA) defendeu mais cedo mudanças na proposta de regra de aposentadoria dos professores.

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UOL Notícias