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Fóruns na web e eventos ajudam na preparação de candidato no setor de TI

Fernando Scheller e Mônica Scaramuzzo

São Paulo

06/05/2019 10h09

Mesmo quem nunca trabalhou com tecnologia pode usar a internet para dar os primeiros passos e tentar se apresentar como um potencial candidato para as milhares de vagas que o setor deve abrir nos próximos anos.

"O interessado que não tem contato com o setor pode começar se informando pela internet, em blogs de tecnologia, tutoriais e fóruns de discussão, para testar seus conhecimentos de programação", diz Matheus Fonseca, responsável pela área de atração de talentos da Movile, dona do aplicativo de entregas iFood e da plataforma de entretenimento PlayKids.

Segundo Fonseca, ao contrário do que ocorre em outros segmentos, a comunidade de tecnologia é aberta ao debate e a novos entrantes. A partir dessa sondagem inicial online, a pessoa em busca de uma carreira na área pode encontrar seus pontos de interesse --de preferência, dentro das competências mais buscadas pelo setor atualmente.

Segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), das 5.000 vagas que estão abertas neste momento em empresas em estágio inicial, as que oferecem mais oportunidades são desenvolvimento de software, vendas e atendimento, marketing e design.

Com a definição do objetivo, é hora de partir para eventos gratuitos que oferecem informação e treinamento sem custo. Na dona do iFood, há um programa de quatro sábados voltado a iniciantes no mundo de tecnologia, chamado de Movile Next, cujas datas e locais de realização são divulgados no site da empresa.

Lá também estão artigos gratuitos sobre diferentes tecnologias, incluindo código aberto. Outros expoentes desse mercado, como o NuBank, também mantêm encontros com interessados na área - os chamados "meet ups".

Cursos

O candidato pode chamar a atenção de um recrutador na área apenas com um curso online ou uma especialização de curta duração, diz Mateus Pinho, diretor de marketing da Revelo, plataforma online especializada em recrutamento para tecnologia. "O mercado está abraçando novos perfis, não pode fechar o funil", afirma. "É a hora de aceitar uma formação mais multidisciplinar."

Para quem tem dinheiro para investir, cursos de um semestre, como os da Digital House, vêm acompanhados de orientação de carreira e ajuda na hora de procurar emprego. Na Digital House, curso e mentoria custam entre R$ 7.000 e R$ 8.000. A escola, que começou a operar há um ano, quer formar até 4 mil alunos em 2019.

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".