IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Aérea do Reino Unido pede falência e se torna primeira vítima do coronavírus no setor

Flybe Group/Creative Commons
Imagem: Flybe Group/Creative Commons

Célia Froufe, correspondente

Londres

05/03/2020 09h45

O surto do novo coronavírus fez hoje sua primeira vítima no setor aéreo: a companhia aérea regional Flybe, do Reino Unido, que entrou com pedido de falência. O processo de colapso da empresa, que é noticiado em todos os veículos de comunicação locais, se acelerou com a forte queda da demanda por viagens em função da disseminação da covid-19.

Desde janeiro, a companhia apresentava dificuldades, mas o governo do Reino Unido afastou a possibilidade de qualquer intervenção pública direta na empresa para tentar salvá-la. Aprovaria, no entanto, um possível financiamento e revisão de impostos locais. Não deu tempo. Naquele mês, a Flybe acabou sendo resgatada por um aporte feito por seus acionistas. O fechamento da empresa causa um problema para o governo britânico, que prometeu "subir o nível" do transporte regional no país.

"Todos os voos foram suspensos e os negócios no Reino Unido deixaram de operar imediatamente", comunicou a operadora, descrita como a maior companhia aérea regional independente da Europa pela imprensa britânica.

As rotas da Flybe conectavam o Reino Unido com os principais destinos europeus. A empresa empregava 2,4 mil pessoas e transportava cerca de 8 milhões de passageiros por ano por meio de 81 aeroportos e 68 aeronaves

"As dificuldades financeiras de Flybe eram antigas e bem documentadas e antecedem o surto de covid-19", afirmou o governo em comunicado, conforme a imprensa local.

Veja mais economia de um jeito fácil de entender: @uoleconomia no Instagram.

Ouça os podcasts Mídia e Marketing, sobre propaganda e criação, e UOL Líderes, com CEOs de empresas.

Mais podcasts do UOL no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e outras plataformas