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Maia prega união por reformas e diz que 'sempre confiou' em Guedes

Deputado e ministro ensaiam uma aproximação em busca de entendimento sobre a pauta econômica - Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Deputado e ministro ensaiam uma aproximação em busca de entendimento sobre a pauta econômica Imagem: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Marlla Sabino

23/07/2020 17h02Atualizada em 24/07/2020 11h32

Com tom conciliador, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que o momento é de diálogo e união de esforços com o governo. Ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, o parlamentar afirmou que sempre confiou no chefe da equipe econômica e sinalizou apoio às pautas consideradas prioritárias para o governo.

"Acho que está na hora de voltarmos a ter reuniões periódicas e permanentes. Sempre tive uma enorme confiança no ministro Paulo Guedes. Na minha última eleição, Guedes foi decisivo e eu vim aqui dizer a ele isso, do meu compromisso de pauta da modernização do Estado brasileiro, de melhoria do ambiente de negócio do setor privado", disse.

Nos últimos dias, Guedes e Maia ensaiam uma aproximação em busca de entendimento sobre a pauta econômica, após atritos durante a pandemia do novo coronavírus. Maia afirmou que é necessário "tirar da frente" qualquer ruído sobre a relação com o governo federal.

"Nós sabemos que o governo tem demandas importantes que já estão na Câmara e que vão à voto a partir de agosto, a lei do gás, de recuperação judicial e a lei cambial, que o Banco Central já vem há muito tempo", afirmou. "Como ele, também acredito muito que o Brasil vai crescer, gerando marcos regulatórios e segurança jurídica para investir."

Maia também ressaltou a discussão da indexação do Orçamento e das PECs (Propostas de Emenda à Constituição) encaminhadas pela equipe econômica no ano passado, travadas no Senado por conta da pandemia.

"São muito importantes em qualquer momento, mas principalmente em um momento como esse de pandemia e depois pós pandemia onde as pressões por investimentos e depois por aumento de despesas e proteção aos mais vulneráveis vão aparecer. A gente tem que olhar todas as oportunidades."

Perguntado, Maia evitou responder sobre medidas de desoneração da folha de pagamento. Ele afirmou que o debate deve ficar para depois e que o momento é de foco nos assuntos que unem o governo e o Parlamento.