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Caixa tem lucro de R$ 2,6 bi no 2º trimestre, 39,3% a menos que em 2019

Banco estatal apresenta queda nos números em relação ao ano passado  - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Banco estatal apresenta queda nos números em relação ao ano passado Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Cynthia Decloedt

São Paulo

26/08/2020 07h41

A Caixa Econômica Federal anunciou lucro líquido de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre do ano, 39,3% abaixo do mesmo intervalo de 2019. Na comparação com o primeiro trimestre, houve uma retração de 16,1%. No semestre, o lucro líquido foi de R$ 5,6 bilhões, representando uma queda de 31% em relação aos primeiros seis meses de 2019.

O saldo de empréstimos do banco teve alta de 5,5% no segundo trimestre em relação ao segundo trimestre do ano passado, para R$ 720 bilhões. No trimestre, o resultado foi 2,9% superior.

A margem financeira totalizou R$ 9,6 bilhões no segundo trimestre, redução de 31,8% em relação ao igual período do ano anterior. Em relação ao primeiro trimestre, o recuo foi de 9,6%, influenciado pelas reduções de 9,3% em receitas de operações de crédito e 17,6% em resultado de TVM (títulos e valores mobiliários) e derivativos, compensadas pela redução de 14,9% em despesas de captação.

O resultado bruto de intermediação financeira foi de R$ 6,79 bilhões, queda de 36,4% em 12 meses e de 21,2% em comparação aos três primeiros meses do ano. As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias registraram R$ 5,4 bilhões, redução de 18,8% quando comparado ao segundo trimestre do ano anterior.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do banco público estava em 12,1% ao final de junho, com redução de 7,59% na comparação com junho de 2019 e de 2,8% em relação a março.

O seu índice de Basileia, que mede quanto um banco pode emprestar sem comprometer o seu capital, atingiu 18,66% ao fim de junho, contra 18,67% ao fim de março. O índice de capital principal, ou seja, próprio dos acionistas, totalizou 12,84%, enquanto o de nível I, aquele de melhor qualidade, ficou em 13,16%. Ambos mantiveram-se acima do mínimo regulatório de 8,0% e 9,5%, respectivamente.

Programas sociais

No seu balanço trimestral, a Caixa também destacou o crescente protagonismo no pagamento e administração de benefícios sociais, principalmente daqueles com relação direta às medidas de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

O banco estatal paga atualmente R$ 302,9 bilhões em programas sociais, que incluem o auxílio emergencial, o BEm (Benefício Emergencial) e o saque emergencial do FGTS. O montante beneficia um total de 131,7 milhões de brasileiros.

Impulsionada pelos programas sociais implementados por causa da pandemia, a Caixa criou contas bancárias para 40 milhões de pessoas nos últimos meses, incluindo 36 milhões de cidadãos que não constavam em outros cadastros do governo. Atualmente, 8 em cada 10 adultos no país recebem algum benefício social do governo por meio do banco estatal.

Em números, a Caixa já pagou R$ 173,4 bilhões para a 66,9 milhões de pessoas no auxílio emergencial, destinado principalmente a trabalhadores informais, mais R$ 11,1 bilhões chegaram a 4,8 milhões de pessoas por meio do BEm, que foca em empregados que tiveram redução da jornada de trabalho ou suspensão temporária do contrato, e outros R$ 18,3 bilhões foram pagos a 23,8 milhões de pessoas pelo saque do FGTS.