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Dívida líquida chega a 60,2% do PIB em julho, a maior desde outubro de 2002

O principal fator para o aumento da dívida, segundo o Banco Central, foi o déficit nominal no mês - Getty Images
O principal fator para o aumento da dívida, segundo o Banco Central, foi o déficit nominal no mês Imagem: Getty Images

Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues

Brasília

31/08/2020 11h44Atualizada em 31/08/2020 12h41

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou hoje que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) de 60,2% do PIB (Produto Interno Bruto) em julho é a maior desde outubro de 2002, atingindo R$ 4,323 trilhões.

"O principal fator para alta da dívida líquida em julho foi o déficit nominal no mês. Os fluxos fiscais são muito deficitários, o que implica no aumento da dívida líquida. Além disso, a apreciação cambial de 5% alavancou o crescimento da dívida líquida no mês passado", detalhou Rocha.

Já a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) fechou o mês aos R$ 6,210 trilhões, o que representa 86,5% do PIB. O percentual é o maior da série histórica, iniciada em 2006. No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

"O crescimento da dívida bruta em julho se deve à sua necessidade de financiamento, ou seja, às emissões líquidas de títulos do Tesouro Nacional", completou Rocha.