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Petrobras: Indicação de Silva e Luna será analisada pelo Comitê de Pessoas

Petrobras: Indicação de Silva e Luna será analisada pelo Comitê de Pessoas - Sergio Moraes/Reuters
Petrobras: Indicação de Silva e Luna será analisada pelo Comitê de Pessoas Imagem: Sergio Moraes/Reuters

Renato Carvalho

02/03/2021 22h04

Em resposta a ofício enviado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobras detalhou o processo de análise do nome de Joaquim Silva e Luna, indicado para a presidência da estatal. No comunicado, a companhia lembra que a indicação será analisada pelo Comitê de Pessoa, que tem oito dias para concluir os trabalhos. O prazo pode ser prorrogado por mais oito dias.

O ofício foi motivado por nota da Coluna do Broadcast, que trata das exigências colocadas no estatuto da empresa para a nomeação de executivos. A Petrobras lembra que o comitê terá a função de auxiliar os acionistas, opinando sobre o preenchimento de requisitos e a ausência de vedações, e verificar a conformidade do processo de indicação.

A AGE será convocada 30 dias depois do edital de convocação.

Conselheiros pedem para não ter mandatos renovados

Quatro conselheiros informaram a Petrobras que não pretendem ser reconduzidos ao colegiado na próxima Assembleia Geral Extraordinária (AGE). São eles João Cox Neto, Nivio Ziviani, Paulo Cesar de Souza e Silva e Omar Carneiro da Cunha Sobrinho.

Em Fato Relevante, a companhia informa que Cox Neto e Ziviani alegaram razões pessoais para a decisão. Já Souza e Silva só declarou que por conta de seu mandato ser "interrompido inesperadamente, peço, por favor, para não ser reconduzido ao Conselho de Administração na próxima Assembleia".

Ele ressalta o "excelente trabalho" desenvolvido pela diretoria e funcionários, e elogia também o presidente do colegiado, Eduardo Leal.

Já a mensagem de Omar Carneiro da Cunha revela insatisfação com a decisão do presidente da República, Jair Bolsonaro, de promover uma troca no comando da estatal, com a indicação de Joaquim Silva e Luna para o lugar de Roberto Castello Branco.

"Em virtude dos recentes acontecimentos relacionados às alterações na alta administração da Petrobras, e os posicionamentos externados pelo representante maior do acionista controlador da mesma, não me sinto na posição de aceitar a recondução de meu nome como Conselheiro desta renomada empresa, na qual tive o privilégio de servir nos últimos sete meses", diz Cunha.