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BC lançará sistema para consulta de saldos esquecidos, com potencial de R$ 8 bi

Sede do Banco Central em Brasília - Adriano Machado/Reuters
Sede do Banco Central em Brasília Imagem: Adriano Machado/Reuters

Fabrício de Castro

Brasília

01/06/2021 15h30Atualizada em 01/06/2021 15h47

Com a atividade econômica pressionada pela pandemia do novo coronavírus, o Banco Central prepara um sistema com potencial de liberar R$ 8 bilhões na economia. O BC informou hoje que em dezembro deve entrar em operação o SVR (Sistema de Informações de Valores a Receber), que permitirá às pessoas em geral e às empresas consultar saldos eventualmente "esquecidos" em instituições financeiras.

De acordo com o BC, os clientes de instituições financeiras poderão verificar, por meio do sistema, se há saldos disponíveis ligados a contas encerradas, parcelas de empréstimos e tarifas cobradas indevidamente, recursos não procurados após o encerramento de consórcios e cotas de capital de cooperativas de crédito, entre outros.

Nestes casos, conforme a autarquia, é comum que as pessoas não saibam ou não se lembrem da existência dos saldos. Como muitas vezes os valores a receber são baixos, também é usual que os clientes muitas vezes nem procurem as instituições para se informar sobre os valores.

Considerando todos estes casos, no entanto, o valor global de recursos "esquecidos" não é desprezível. Conforme o BC, eles totalizam atualmente cerca de R$ 8 bilhões.

"O objetivo do Valores a Receber é justamente facilitar essa comunicação entre instituições e clientes", informou o BC por meio de nota. "Com o novo sistema, a partir das informações remetidas periodicamente pelas instituições financeiras ao Banco Central, as pessoas naturais e pessoas jurídicas poderão consultar a existência de eventual valor a receber".

A expectativa do BC é de que o novo sistema esteja em funcionamento até o fim de 2021. Em sessão realizada em 25 de maio, a Diretoria Colegiada do BC deu o primeiro passo para a criação do SVR, ao estabelecer as regras para envio de informações, por parte das instituições financeiras, à autarquia a partir de outubro.