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Bento Albuquerque diz que energia nuclear é uma das prioridades

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque - Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Denise Luna

Do Estadão Conteúdo / No Rio de Janeiro

17/07/2021 15h56Atualizada em 17/07/2021 17h03

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou em visita a Angra dos Reis (RJ), que a energia nuclear é uma das prioridades do planejamento da sua gestão, e que a fonte é estratégica para ajudar a encher os reservatórios das hidrelétricas no Brasil. Ele participou da visita feita pelo diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), onde estão localizadas as usinas nucleares brasileiras.

"A energia nuclear é muito importante para uma matriz elétrica mais equilibrada e voltada para preservar os nossos reservatórios de água, especialmente em época de escassez hídrica e pouca afluência", disse Albuquerque em nota da Eletronuclear.

Grossi fará uma série de eventos no Brasil. Na segunda-feira, assina com a Associação Brasileira Para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), acordo de cooperação na área de tecnologia e aplicações da energia nuclear. Entre os possíveis intercâmbios, o documento prevê o fornecimento de conhecimentos na área de operação de longo prazo das usinas nucleares e o desenvolvimento de tecnologia e implantação de reatores modulares ou de pequeno e médio porte.

Reatores menores têm sido avaliados como uma possível solução para a expansão da energia nuclear no Brasil, que, de acordo com o Plano Nacional de Energia 2050, vai adicionar entre 8 e 10 gigawatts (GW) a mais de energia nuclear no País nos próximos 30 anos.

Ele também participa, no mesmo dia, de cerimônia em Brasília pelos 30 anos da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (Abacc)

"Acredito que a retomada das obras de Angra 3 é simbólica. Sabemos que a operação em Angra é muito eficiente. As peças estão bem conservadas e existe o know-how necessário até para outras usinas nucleares. Ficamos muito satisfeitos, inclusive, com a resposta rápida que foi dada pela Eletronuclear diante das recomendações feitas após o acidente de Fukushima e o reforço da cultura de segurança", disse Grossi durante a visita.

Além de Albuquerque e Grossi, participaram da visita a Angra dos Reis a secretária-geral da Abacc, Elena Maceiras, e o presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães, entre outras autoridades.

Depois de conhecer o centro de visitação da Eletronuclear, Grossi visitou o canteiro de obras de Angra 3, cujas obras devem ser reiniciadas no fim desse ano, e a Unidade de Armazenamento Complementar a Seco de Combustível Irradiado (UAS), empreendimento que foi concluído recentemente pela empresa para armazenar os combustíveis usados de Angra 1 e 2. Angra 3 deve entrar em operação no final de 2026.