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Guedes defende respeito entre Poderes: 'Não precisamos derrubar o país'

"A hora marcada são as eleições, que estão chegando em alguns meses", disse Guedes - Gustavo Sales/Câmara dos Deputados
'A hora marcada são as eleições, que estão chegando em alguns meses', disse Guedes Imagem: Gustavo Sales/Câmara dos Deputados

Thaís Barcellos e Célia Froufe

Em São Paulo e em Brasília

26/08/2021 14h22Atualizada em 26/08/2021 14h27

Em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro da Economia, Paulo Guedes, enfatizou que é preciso respeitar a atuação dos Três Poderes e evitar exacerbações.

"Se Poderes ficarem em guerra contra poderes, é um acerto de conta antes da hora marcada", disse ele durante participação em audiência na Comissão Temporária da Covid-19 do Senado.

"A hora marcada são as eleições, que estão chegando em alguns meses", continuou. "Não precisamos derrubar o país antes da eleição", prosseguiu.

Na avaliação de Guedes, o Brasil vem surpreendendo o mundo com a sua democracia. Principalmente, de acordo com ele, depois de narrativas no Exterior dizerem que o presidente Bolsonaro não manteria um governo democrático em sua gestão.

Mais uma vez, ele disse que a democracia brasileira "faz muito barulho", principalmente com a chegada da centro-direta no executivo e no Congresso depois de anos com administração de partidos de centro-esquerda.

O ministro enfatizou que é preciso cada um dos representantes dos Três Poderes para que as instituições continuem sendo confiáveis.

"É importante que haja imparcialidade, um respeito à lei, se não, se acaba descredenciando sua instituição", disse.

Sem citar exemplos, enfatizou que "todo mundo que estiver exagerando, está desrespeitando" sua instituição.

"Qualquer um que sair das quatro linhas faz algo nocivo, pois as outras (instituições) têm que reagir para manter o equilíbrio entre os Poderes", avaliou.

O que tem de ser descartado, conforme Guedes, são ações feitas pelos Poderes que tentam enfraquecer os demais.

"De vez em quando tem desrespeito à presidência, às vezes, ao Supremo (Tribunal Federal), às vezes, ao Congresso", mencionou. "É importante que todos fiquem no seu quadrado, nas quatro linhas", recomendou.