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Bancos suspendem compras em real com cartão de crédito no exterior

13/09/2013 15h14

SÃO PAULO – Por conta da instabilidade do dólar no mercado, os bancos optaram por suspender o pagamento de compras em real realizadas no exterior com o cartão de crédito. As operações foram vetadas, pois a cobrança de taxas não informadas estavam causando confusões entre os clientes.

A orientação de suspender as compras em real veio da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços). Segundo a organização, nas operações em DCC (Dynamic Currency Conversion) –  serviço por meio do qual alguns estabelecimentos comerciais localizados no exterior oferecem aos portadores de cartão de crédito emitidos no Brasil a opção de converter para reais o valor da compra no momento da transação com cartão –  há a incidência de IOF com alíquota de 6,38%.

“Porém, essa informação nem sempre é passada claramente pelos estabelecimentos aos consumidores, o que tem gerado algumas reclamações em órgãos defesa do consumidor e no Banco Central”, informa sua diretriz.

Como a conversão do valor da despesa de moeda estrangeira para o real é feita no momento da emissão da fatura do cliente, pode-se gerar divergências entre o valor do câmbio fechado no momento da transação e o valor do câmbio utilizado pelo emissor no momento do fechamento da fatura.

Além disso, a associação lembra que não há garantias sobre a transparência do valor do câmbio utilizado por estabelecimentos comerciais no exterior que oferecem a conversão direta da compra para reais no momento da transação.

Dentre os maiores bancos brasileiros, o Bradesco, Itaú e Santander já informaram que irão seguir a orientação da Abecs. A Caixa Econômica Federal e o HSBC foram procurados pelo InfoMoney, mas não se posicionaram sobre o assunto até a publicação desta matéria.

O Banco do Brasil informou que  apoia a iniciativa da Abecs em resolver eventuais problemas relacionados com transações de cartões de crédito no exterior em reais e "está analisando eventuais medidas que poderão ser tomadas sobre o tema, sob a ótica de melhorar cada vez mais o atendimento aos seus clientes."

As instituições que optarem pelo bloqueio desse serviço de conversão automática de despesas em moeda estrangeira deverão informar claramente a seus clientes com no mínimo 30 dias de antecedência. As transações serão aprovadas somente quando forem submetidas pelos estabelecimentos comerciais no exterior na sua moeda de origem e sem a conversão automática.