Bolsa Família gera grande influência no consumo e no PIB, diz Ipea
SÃO PAULO – O Programa Bolsa Família é o programa de transferência social que gera maior expansão do PIB (Produto Interno Bruto), de acordo com o livro “Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania”, que será lançado no final do mês pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e MDS (Ministério do Desenvolvimento Social). Além disso, o programa também influencia no consumo dos brasileiros.
Os dados mostram que o gasto adicional de 1% do PIB no Bolsa Família gera um aumento de 1,78% na atividade econômica e uma alta de 2,4% sobre o consumo das famílias. Esses acréscimos são maiores que o de transferências previdenciárias e trabalhistas, como o RGPS (Regime Geral de Previdência Social), dos RPPS (Regimes Próprios de Previdência Social), do BPC (Benefício de Prestação Continuada), do Seguro Desemprego, do Abono Salarial do PIS/PASEP e os saques do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo e Serviço).
Tanto no PIB quanto no consumo, o BPC foi o benefício que mais teve efeitos multiplicadores das transferências na economia depois do Bolsa Família, com alta de 1,19% e 1,54%, respectivamente. Veja abaixo:
Programa | PIB | Consumo |
---|---|---|
Fonte: Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania | ||
Bolsa Família | 1,78% | 2,4% |
BPC | 1,19% | 1,54% |
Seguro Desemprego | 1,06% | 1,34% |
Abono Salarial do PIS/PASEP | 1,06% | 1,32% |
RPPS | 0,53% | 0,65% |
RGPS | 0,52% | 0,63% |
FGTS | 0,39% | 0,47% |
O Bolsa Família ainda foi responsável por 28% da queda da extrema pobreza, sendo que entre 2002 e 2012, a proporção de brasileiros vivendo com menos de R$ 70 caiu de 8,8% para 3,6%.
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