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Veja o perfil dos compradores de imóveis em São Paulo

30/12/2013 18h00

SÃO PAULO – São Paulo é uma cidade com diversas influências culturais e socioeconômicas. Por isso, o perfil dos compradores de imóveis muda de acordo com a região da capital que pretende residir.

De acordo com o presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) , José Augusto Viana Neto, a região do Centro é o local que mais apresenta uma característica própria e um perfil mais delineado. “Prevalece os jovens casais sem filhos, casais com filhos que já saíram de casa e pessoas que tem o trabalho ligado à região central”, explica.

Além disso, quem mora no centro de São Paulo tem dificuldade de se mudar do local, pois conta com todas as facilidades: restaurantes, cinemas, comércio, bancos, entre outras. “Quando você sai de lá descobre que tem vida em outros planetas”, brinca Viana.

Para o diretor de negócios da Brooksfield Incorporadora, Ricardo Laham, o público da Zona Leste e Zona Norte é extremamente conservador e bairrista. “Até por uma questão de ocupação e colonização italiana, espanhola e portuguesa, as pessoas dessas regiões são muito tradicionalistas e próximos à família”, afirma.

A Zona Oeste, por sua vez, abrange bairros de alto padrão e de alta qualificação, além de ter a vantagens de serem bairros tranquilos e com boa infraestrutura. “Apesar de gostar dos lugares onde moram, as pessoas desta região tem a cabeça mais aberta para investimentos em outros locais, principalmente no Centro, onde é o eixo financeiro e econômico da cidade”, explica Laham.

Já a Zona Sul é a parte mais consolidada da capital quando se fala de infraestrutura, comércio, serviços e emprego. Para o diretor, essa parte da cidade é mais valorizada e conta com uma variedade de opções e alternativas socioculturais de lazer, serviço e comércio, sendo que os moradores e investidores são mais flexíveis e arrojados na hora de comprar um imóvel.

Viana lembra que as regiões centrais dos principais bairros têm características semelhantes entre si. “Não importa se é Zona Sul, Leste, Oeste ou Norte, o padrão socioeconômico das pessoas que morar nas regiões centrais é o mesmo: um publico de maior poder aquisitivo.”

“Agora, se você pega, nessas mesmas regiões, um perímetro que se distancia no máximo a 1 km de estações do metrô, o perfil dos moradores é outro: são pessoas de cultura mais popular de classe média e baixa e que orbitam por essas regiões pela facilidade da condução e possibilidade da moradia”, explica o presidente.