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Subiu demais? HSBC eleva preço-alvo para Estácio, mas corta recomendação

17/04/2014 15h46

SÃO PAULO – O Global Research do HSBC decidiu elevar o preço-alvo para os papéis da Estácio (ESTC3), de R$ 22,50/ação para R$ 26,00/ação. No entanto, mesmo com a elevação, os analistas decidiram cortar a recomendação, que estava em Overweight (positiva) para Neutral (Neutra). O que justifica a avaliação dos analistas? O título do relatório dá uma boa pista: “Boas perspectivas bem precificadas”. Há pouco, as ações da companhia eram negociadas na BM&FBovespa por R$ 23,47.

“A Estácio continua beneficiada pelas tendências do setor de educação do Brasil e 2014 parece ser outro ano de forte crescimento orgânico e expansão de margens (...). Entretanto, praticamente sem nenhuma nova informação sobre a aquisição pendente da UniSEB, a maior parte das boas perspectivas para a ação parece estar bem precificada”, escreve o HSBC.

Sobre os principais destaques positivos da companhia, os analistas ressaltam três: a empresa indicou crescimento das admissões em torno de 18% no segmento tradicional e em EAD (ensino à distância) para o primeiro semestre de 2014; a companhia pode receber 10 mil matrículas vindas de dois concorrentes que fecharam no Rio de Janeiro; e a Estácio pode ter uma expansão de 3% em sua margem EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês).

Já pelo lado negativo, os analistas destacam dois pontos principais: a Estácio provavelmente vai ter que cancelar e baixar receitas em todos os segundos e quartos trimestres; e, no quarto trimestre de 2013, a taxa de evasão em EAD interrompeu a tendência de modesta redução e mostrou um importante aumento.

O HSBC lista como principais riscos para a companhia a incapacidade de concluir a aquisição da UniSEB e um aumento mais rápido da concorrência no segmento de EAD .