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Ex e atual presidentes da Petrobras falarão na Câmara sobre Pasadena

23/04/2014 15h32

SÃO PAULO - As declarações feitas na semana passada da presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Graça Foster, sobre o que chamou de "mal negócio" da compra da refinaria de Pasadena (EUA), não foram suficientes para o Congresso. Mesmo após 6 horas de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, a atual líder da estatal terá de voltar para dar novas explicações sobre o caso na próxima quarta-feira (30).

Para boa parte dos parlamentares, as críticas de Graça ao incompleto resumo do contrato do negócio, em linha com a defesa usada pela presidente da República Dilma Rousseff, não foram consideradas suficientes para explicar a polêmica compra da refinaria americana.  Vale lembrar que a presidente da petrolífera já afirmou que a compra da refinaria provocou prejuízo de US$ 530 milhões aos cofres da empresa e que lucros passaram a ser registrados apenas em janeiro e fevereiro de 2014, quando os lucros ficaram em US$ 58 milhões.

Alimentando as investigações e colocando ainda mais lenha na fogueira do caso que ganhou dimensão política, a oposição aprovou na manhã desta quarta-feira (23) um convite opcional para que o ex-presidente da Petrobras e atual secretário de Planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielli, também se pronuncie sobre o caso frente a três comissões na Câmara dos Deputados. Recentemente, Gabrieli reforçou o argumento de que o resumo do contrato não continha duas importantes cláusulas, mas afirmou que Dilma não podia fugir à responsabilidade sobre a decisão equivocada.  O convite foi feito pelos partidos DEM, PPS, PSDB e SDD e ainda não teve suas datas definidas.

Também foram chamados para audiência os ministros da Integração Nacional, Francisco Teixeira (13/05), e o ministro da Fazenda, Guido Mantega (14/05), ambos convocados para dar explicações tanto sobre a compra do empreendimento nos EUA, como sobre um suposto pagamento de propina aos funcionários da holandesa SBM Offshore.