Quem pode substituir Mantega na Fazenda? Confira nomes cotados
A presidente Dilma Rousseff sinalizou que, se for reeleita, o ministro Guido Mantega não ficará em um eventual segundo mandato. Isso gerou especulações sobre quem o substituirá no Ministério da Fazenda. Confira os principais nomes cotados.
Nelson Barbosa
Após ter deixado o cargo de secretário executivo da Fazenda, em junho de 2013, em meio a um possível atrito com o governo (apesar de o comunicado oficial afirmar que foi por motivos pessoais). Nelson Barbosa é um dos mais atuantes elaboradores do programa econômico de governo de Dilma Rousseff.
Barbosa estava no governo desde 2003 e fazia parte das equipes do ministro Guido Mantega, também ocupando as secretarias de Acompanhamento Econômico - entre 2007 e 2008 - e de Política Econômica - entre 2008 e 2010.
Sua demissão gerou uma série de controvérsias, em meio a tensões políticas e pessoais entre ele e Mantega.
Professor da FGV, ele colabora intensamente para o programa da petista e é tido como um dos favoritos para substituir o atual ministro da Fazenda. Em suas últimas declarações, Barbosa mostrou otimismo e destacou que a recuperação brasileira começará a partir do segundo semestre do ano que vem, mas sem ser tão evidente no próximo período.
"A partir do segundo semestre do ano que vem a economia brasileira já estará em uma rota de aceleração do crescimento e de redução da inflação. Acho que pode ter uma recuperação, se tudo der certo, de 4% em 2016, até por base de comparação, efeito estatístico. Quando se parte de uma base baixa, a economia se recupera mais rápido”, afirmou em meados de junho, em Seminário realizado pela FGV.
Otaviano Canuto
Otaviano Canuto é outro nome cotado para ser o substituto de Mantega na Fazenda. O atual assessor sênior para economias em desenvolvimento do Banco Mundial já foi secretário de assuntos internacionais do Ministério da Fazenda e professor da USP e da Unicamp.
Ele não se pronuncia sobre os rumores de que poderia assumir o Ministério da Fazenda.
Antes de trabalhar como assessor sênior no Banco Mundial, Canuto foi vice-presidente do banco e chefe do PREM (Poverty Reduction Network), uma divisão de mais de 700 economistas e outros profissionais que trabalham na política econômica, redução da pobreza, igualdade de gênero e trabalho analítico para os países clientes.
Também atuou como diretor executivo do Conselho de Administração do Banco Mundial entre 2004 e 2007.
Henrique Meirelles
Henrique Meirelles é um executivo que fez carreira no setor bancário brasileiro, ganhando destaque nacional como presidente do Banco Central no governo Lula, entre 2003 e 2011. Ingressou em 1974 no Bank of Boston, e tornou-se presidente do ramo brasileiro da instituição em 1984.
Depois da criação do BankBoston Corporation, mudou-se para Boston, nos Estados Unidos, e assumiu o cargo de CEO em 1996.
Encerrou sua carreira corporativa em 2002, e iniciou sua trajetória política ao se candidatar a deputado federal, em 2002, pelo Estado de Goiás. Obteve 183 mil votos e foi o mais votado no Estado, o que chamou a atenção de Lula.
Atualmente, Meirelles é filiado ao PMDB e foi cotado para assumir o Ministério da Fazenda em um eventual segundo governo Dilma por sua proximidade com o mercado financeiro.
Outros nomes menos prováveis
Joaquim Levy
Em maio, uma matéria do Relatório Reservado apontava para vários nomes para substituir Mantega. Dentre eles, estava o do diretor-superintendente da administradora de investimentos do Bradesco Asset Management, Joaquim Levy.
Segundo apontou a notícia, ele seria um dos cotados e era bem visto pelo ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
Levy foi secretário do Tesouro no governo Lula e secretário da Fazenda do Rio de Janeiro no governo de Sérgio Cabral.
Aloizio Mercadante
Aloizio Mercadante, atual ministro da Casa Civil, também chegou a ser cotado para ministro da Fazenda. Ele tem boa circulação política e conversa com o empresariado.
Mercadante foi um dos fundadores do PT, em fevereiro de 1980, e vice-presidente do partido entre 1991 e 1999. Foi senador por São Paulo entre 2003 e 2010 e, entre 2011 e 2012, foi ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil.
Em 2012, tornou-se ministro da Educação e, em 2014, tornou-se ministro da Casa Civil.
Luciano Coutinho
Luciano Coutinho é o atual presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). Até assumir a presidência do banco de fomento, era sócio da LCA Consultores.
Coutinho é doutor em Economia pela Universidade de Cornell, nos EUA, e professor convidado da Unicamp. Seus estudos acadêmicos sempre tiveram como principais temas a política industrial e o lado real da economia.
Luís Gonzaga Belluzzo
Um dos conselheiros mais ativos de Dilma, Luís Gonzaga Belluzzo é um dos principais pais do Plano Cruzado e é professor titular da Unicamp. Fundador da Facamp, também foi membro do Conselho Diretor da Fesp (Fundação Escola de Sociologia e Política).
Outros nomes
Além destes nomes, outros foram considerados, como turma dos conselheiros (e ex-conselheiros) da Petrobras: Fabio Barbosa, Jorge Gerdau e Roger Agnelli.
O empresário Abilio Diniz e Josué Gomes da Silva, empresário e filho de José de Alencar, que foi vice-presidente durante o governo Lula, também foram apontados, mas também são nomes menos prováveis.
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