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BB comenta prévias de resultados de bancos e recomenda apenas um; saiba qual

28/01/2015 11h45

SÃO PAULO – Com a divulgação de prévias dos resultados dos bancos no Brasil, a BB Investimentos elaborou relatório em que comenta as instituições financeiras que estão em seu universo de cobertura. De sete bancos que são cobertos pela corretora, apenas um recebeu a recomendação positiva de Outperform (performance melhor que a média do mercado), o Itaú Unibanco (ITUB4).

O Bradesco (BBDC4), o BTG Pactual (BBTG11), o Banrisul (BRSR6), o Banco ABC (ABCB4) e o Daycoval (DAYC4) receberam recomendação neutra, de Marketperform (performance em linha com o mercado). Já o Banco Pine (PINE4) recebeu rating negativo, de Underperform (performance pior que a média do mercado).

A respeito do Itaú Unibanco, os analistas comentam que o lucro líquido gerencial da instituição financeira será impulsionado pelo efeito não recorrente da operação de seguros de grandes riscos no valor de R$ 1,1 bilhão antes de impostos. Em relação à carteira de crédito, a BB Investimentos destaca que o consignado continua ditando o ritmo, com manutenção da qualidade.

O preço-alvo calculado pelos analistas para a ação é de R$ 41,30 por papel – o que totaliza um potencial de valorização de 19,95% em relação ao fechamento do dia 26 de janeiro de 2015.

Em relação à expectativa da corretora sobre a temporada de resultados para o setor de bancos, a palavra-chave é “estabilidade”. “O cenário continua desafiador, com baixo crescimento da economia, impactando o ritmo das carteiras de crédito, e por outro lado, a qualidade das carteiras permanece estável e o novo ciclo de alta da Selic continuará a beneficiar o resultado de tesouraria dos bancos. Em linhas gerais, esperamos a manutenção dos drivers de crescimento dos trimestres anteriores, como: crescimento em linhas de menor risco; manutenção da qualidade do crédito; recomposição dos spreads; e melhor eficiência operacional”, escreve a BB Investimentos.

Em relação à divulgação das metas dos bancos para 2015, os analistas afirmam que eles devem ser mais realistas em relação às expectativas para 2015, após anos de otimismo com o desempenho da economia. Para eles, as estimativas de crescimento de apenas um dígito nas carteiras de crédito podem trazer uma pressão adicional para os papéis em um primeiro momento.

“Por outro lado, acreditamos que os bancos privados estão preparados para esta nova realidade, buscando diversificar suas fontes de receita e melhorando sua eficiência operacional”, ponderam os analistas.