Itaú eleva projeção para Selic em 0,5 p.p e vê taxa de juros em 13% no fim do ano
SÃO PAULO - O Itaú divulgou um relatório na tarde desta quinta-feira (26) alterando sua projeção para o resultado da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que ocorre na próxima semana. Para o economista-chefe do banco, Ilan Goldfajn, o Banco Central deve decidir elevar a Selic em mais 0,5 ponto percentual no encontro que ocorre dias 3 e 4 de março, diferente dos 0,25 p.p. esperados anteriormente.
"A depreciação recente da taxa de câmbio adiciona pressão à já elevada inflação de curto prazo, exigindo uma postura mais dura da política monetária", explica o economista. Após a próxima reunião, Goldfajn espera que ocorra uma última elevação de 0,25%, levando a taxa para 13% no fim do ano - antes o esperado era 12,50%.
"Para 2016, esperamos uma queda acumulada na Selic de 1 p.p., para 12%. Dependendo da evolução da atividade econômica e da inflação, a flexibilização esperada para 2016 pode ser antecipada para o segundo semestre de 2015", diz o economista, que destaca ainda a forte alta de 8% do dólar neste ano, o que aumenta a pressão inflacionária de curto prazo. " Nesse ambiente, a resposta de política monetária tende a ser mais dura, para evitar que a pressão de curto prazo se prolongue e contamine as expectativas de inflação", afirma Goldfajn.
Segundo ele, "a postura mais conservadora da política monetária neste ano, o ajuste fiscal anunciado pelo governo e a antecipação da alta dos preços administrados para 2015 reforçam a expectativa de queda da inflação a partir de 2016". Com isso, o economista espera uma flexibilização da política monetária para o ano que vem.
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