Mesmo com cenário negativo, varejista de e-commerce estão confiantes com Brasil
SÃO PAULO – O ano de 2015 está sendo visto com desconfiança pela indústria, empresários e investidores brasileiros. Um levantamento realizado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), no início de fevereiro, mostra que o Icec (Índice de Confiança do Empresário do Comércio) iniciou 2015 no patamar mais baixo desde o início da série histórica em 2011.
O índice registrou queda de 14,3% em relação a janeiro de 2014, sendo que também houve quedas nos subíndices que medem as expectativas dos empresários (-9,3%) e a intenção de investimentos futuros (-9,9%).
No entanto, não são todos que estão tão pessimistas com a situação econômica do País. Os varejistas do e-commerce estão confiantes com as altas nas vendas. Uma pesquisa feita pelo MercadoLivre, em parceria com o IBOPE Conecta, revela que 85% dos vendedores do site apostam que o setor de comércio eletrônico crescerá no Brasil em 2015.
Deste total, um terço aposta em um crescimento de até 20%; além disso, 87% acreditaram que as suas próprias vendas irão crescer e 68% estão muito otimistas com o setor.
Os fatores que levam os vendedores a serem otimistas são o aumento da população com acesso a internet (72%), aumento da segurança e confiança no modelo de compra e venda online (63%) e o aumento de usuários de smartphones e tablets (58%).
Segundo o diretor-geral do MercadoLivre para o Brasil, Helisson Lemos, a alta confiança se explica por causa do quanto que o setor ainda pode crescer. “Dados da eMarketer mostram que 3,8% do comércio no Brasil é eletrônico”, explica. “O desafio agora é absorver os hábitos de consumo do off-line para o online”.
Entre os entrevistados que não preveem crescer no próximo ano, as justificativas são a atual situação política e econômica do País e o aumento de impostos e tributos e alta do dólar.
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