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Investimento mais seguro do Brasil remunera quase o dobro da poupança; entenda

22/04/2015 11h38

SÃO PAULO – Rentabilidade alta, segurança, liquidez diária e baixo valor de investimento. Essa combinação de fatores deveria encher os olhos de qualquer investidor, porém, a maioria das pessoas segue desconhecendo o Tesouro Direto, programa de compra e venda de títulos públicos, e aplicando na poupança, “opção de investimento com rentabilidade baixa e menos segura que o Tesouro Direto”, como classifica o educador financeiro André Massaro.

Uma das grandes vantagens do investimento no programa do governo é sua segurança. A garantia de pagamento do governo federal faz com que essa seja a aplicação mais segura que existe, uma vez que, no limite, existe a possibilidade de mais emissão de moeda para o pagamento de dívidas. “Não existe banco ou empresa mais seguros que o governo”, afirma Massaro, “o Tesouro Direto é indiscutivelmente o investimento mais seguro do Brasil”.

Além disso, o programa passou por diversas mudanças no início desse ano que fizeram com que ele fique ainda mais acessível ao investidor. Uma das principais mudanças diz respeito ao nome dos títulos, que agora ficaram mais claros e explicam melhor como é a rentabilidade deles.

São três títulos diferentes: o Tesouro Selic, que tem sua rentabilidade atrelada à taxa básica de juros; o Tesouro IPCA+, que remunera o investidor com uma rentabilidade fixa, atualmente em torno de 6%, mais o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do período; e o Tesouro Prefixado, que tem a sua rentabilidade prefixada no momento da compra do título.

Com a taxa Selic no patamar atual de 12,75% e estimando uma aplicação no prazo de menos de seis meses, quando a alíquota de imposto de renda chega a seu máximo, de 22,5%, a rentabilidade de um título como o Tesouro Selic ficaria em 9,88%, contra rentabilidade de cerca de 6,5% da poupança. Para aplicações superiores a dois anos, a vantagem do Tesouro Direto aumenta: rentabilidade de 10,83% para o Tesouro Selic com IR de 15%.

No quesito de liquidez, Massaro aponta outra vantagem nas mudanças no começo do ano. Antes, o investidor só podia se desfazer de sua posição às quartas-feiras e, agora, a liquidez é diária, fazendo com que o investidor possa entrar e sair do investimento da mesma forma que a poupança. “Não que a liquidez antes fosse ruim, afinal, uma vez por semana é bastante razoável, mas agora melhorou muito”, relata o educador financeiro.

Outra vantagem da aplicação é o valor mínimo de investimento: apenas R$ 30, o que faz com que seja uma opção bastante acessível para o pequeno investidor. “Hoje, o pequeno investidor não tem desculpa para não investir”, assinala Massaro.

O especialista afirma que a maioria dos investidores não escolhe necessariamente o que é melhor para ela, mas sim aquilo que está acostumado. “Gastar tempo para escolher um bom investimento é vai fazer muita diferença em dinheiro no futuro”, conclui.

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