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Não juntou dinheiro para aposentadoria? Especialista dá dicas para você

24/04/2015 09h23

SÃO PAULO – Ao longo da vida, todas as pessoas se deparam com uma série de obrigações financeiras e objetivos a atingir: pagar a faculdade, comprar uma casa, criar os filhos, entre outras. Com isso, em muitos casos, fica difícil se planejar adequadamente para a aposentadoria e é comum ouvir casos de pessoas que chegam à casa dos 50 anos com pouco ou nenhum dinheiro guardado para a longevidade. No entanto, para a CFP, planejadora financeira certificada pelo IBCPF, Maristela Gorayb, mesmo nesses casos, nada está perdido.

Em primeiro lugar, a especialista ressalta que é preciso definir exatamente quando quer parar de trabalhar e uma perspectiva de receita a ser gerada. “Hoje em dia, com as pessoas vivendo mais, não é possível afirmar que uma pessoa de 50 anos está muito perto da aposentadoria, é possível continuar trabalhando por mais quinze anos, por exemplo”, relata a planejadora.

Para quem está a menos de dez anos da aposentadoria, Maristela sugere o investimento em aplicações muito conservadoras, como títulos públicos com baixa volatilidade, como o Tesouro Selic, por exemplo, e planos de previdência conservadores, para assim não correr risco de ter perdas. Além disso, em casos extremos, pode ser uma boa ideia pensar em complementar renda na aposentadoria com um trabalho extra ou então tentar postergá-la.

Já para quem está a mais de dez anos para se aposentar, a previdência passa a ser uma opção mais interessante, de acordo com Maristela, uma vez que é possível ter ganhos mais efetivos. Para horizontes mais longos, a especialista afirma que é possível pensar em opções de investimento mais agressivas.

“Falar de investimento com mais risco é falar além de bolsa, os investimentos em ações não estão atraindo tanto. Não vejo no comportamento dos investidores esse apetite, apesar de ser uma opção a se considerar para o longo prazo. É possível tomar risco em crédito privado, ou fundos multimercados, que possam gerar maior retorno no longo prazo ao investidor”, aponta Maristela.

Buscar um especialista também é considerado por Maristela uma escolha sábia para se planejar para a aposentadoria. “O pânico nunca ajuda em nada, não ajuda a tomar decisões racionais. O mais importante é que se a pessoa não sabe o que fazer, mas precisa fazer alguma coisa, é buscar um especialista e fazer um plano factível”, encerra.