Rebaixamento do rating para "junk" não é evento mais provável, diz consultoria
SÃO PAULO - Ontem, a perspectiva para o rating do Brasil foi revisada para negativa pela Standard & Poor's, afetando e muitos os mercados e elevando ainda mais as projeções negativas para a economia nacional, com muitos economistas vendo como iminente o rebaixamento do rating para "junk" (grau especulativo) por uma das três principais agências de classificação de risco.
Porém, há quem não avalie que acontecerá uma queda do rating brasileiro, caso da LCA Consultores. A consultoria avalia que a decisão da S&P 500 foi motivada, claramente, pela mudança na meta de superávit primário, mas há outros fatores menos pontuais que determinaram a decisão.
Na manifestação anterior da agência sobre o rating brasileiro, ela havia mantido a perspectiva estável em função da expectativa de que o ajuste macroeconômico em curso ganhasse apoio tanto do setor privado quanto da classe política, o que acabou não acontecendo.
Assim, afirmam, naturalmente aumentou muito a chance do Brasil perder pelo menos 1 dos seus 3 graus de investimento. "Não avaliamos este evento como mais provável, no entanto, porque os indicadores de solvência externa do Brasil ainda são bons, superiores aos de países com rating melhor que o brasileiro. Além disto, nosso cenário não enseja aumento da relação entre a dívida bruta e o PIB acima de 70%", avaliam os economistas da consultoria.
Com isso, a reação dos mercados foi proporcional a este cenário. Após o anúncio, no início da tarde, a taxa de câmbio e as taxas de juros dispararam, mas acabaram fechando abaixo ou muito perto dos níveis anteriores ao anúncio. "O cenário, naturalmente, não melhorou com a novidade, mas ela não significa que a perda do grau de investimento é um evento altamente provável", avaliam.
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