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Forte produção de cerveja e nova máxima histórica: hora de comprar Ambev?

05/10/2015 19h35

SÃO PAULO - No final da última semana foi divulgado o resultado de produção de cerveja do País. E contra o que grande parte dos especialistas esperavam, o volume subiu forte, com uma alta de 14% na comparação anual, levando a alta trimestral para 4%. Enquanto todos esperavam uma queda na produção, um resultado positivo como esse teve efeito imediato nos papéis da Ambev (ABEV3) na Bolsa.

Os papéis da companhia produtora de bebidas começaram a semana superando seu maior valor histórico, encerrando o pregão desta segunda-feira (5) cotada a R$ 20,35, com ganhos de 1,45%. Com isso, no ano a empresa já acumula valorização de 28,33%, enquanto o Ibovespa tem queda de 4,82%.

Apesar do papel ter acabado de atingir sua máxima e poder até ser considerado caro, analistas seguem vendo com bons olhos os ativos ABEV3. No programa Comprar ou Vender, da InfoMoney TV, nesta segunda, os analistas Flávio Conde e Pedro Galdi, da consultoria independente WhatsCall, disseram que a Ambev é um ótimo ativo, principalmente por conta de seu perfil defensivo, ou seja, pouco afetado em momentos de crise como o atual.

Setembro foi o segundo mês consecutivo em que a produção cresce na comparação anual. Os resultados do primeiro semestre vinham em queda em razão de 2014 representar uma base de comparação forte, já que a produção de cerveja naquele período do ano passado subiu em razão da realização da Copa do Mundo no Brasil.

Para a equipe de analistas do BTG Pactual,  o que mais surpreendeu foi que o crescimento do volume foi alcançado sem um ambiente promocional muito forte. "O  crescimento do volume no terceiro trimestre compensa parcialmente os nossos medos de que o volume vai continuar a decepcionar (pelo menos no curto prazo)", disseram em relatório.

Por outro lado, eles ressaltam que continuam preocupados com a qualidade do lucro da Ambev e a capacidade da empresa em manter bons retornos em um cenário onde a maioria de seus ganhos está sendo impulsionada por um real mais fraco. Apesar de ver os recentes números como bons fatores para impulsionar a companhia, os analistas do BTG ainda mantêm uma recomendação neutra sobre os papéis.