Para analista, Temer pode surpreender o mercado e Bolsa subir mais ainda
SÃO PAULO – Na noite do último domingo (17), foi aprovado na Câmara dos Deputados, por 367 votos, o pedido de impeachment para a presidente Dilma Rousseff (PT).
O governo Dilma desagradou bastante o mercado financeiro e, com a possibilidade cada vez maior de seu mandato ser interrompido antes do previsto, a bolsa subiu e o dólar despencou. No entanto, após o impeachment ser aprovado na câmara, o que pode acontecer no cenário de investimentos.
Para Flávio Conde, analista da consultoria de investimentos Whatscall, o rali da Bolsa ainda não acabou e ela deve subir até os 55 mil pontos em uma eventual tomada de posse do vice-presidente Michel Temer (PMDB).
O analista explica que as visões do mercado financeiro estão divididas neste momento: há quem acredite que, caso o impeachment venha a acontecer, o novo presidente não conseguiria implantar rapidamente medidas consideradas necessárias para a recuperação econômica do Brasil.
Conde, no entanto, acredita que temer conseguirá surpreender positivamente o mercado financeiro e as pessoas que esperam por reformas na economia do Brasil. “Acho que o Temer já vai chegar cortando ministérios e com nomes de peso na economia para apoiá-lo”, atesta o analista.
Estatais e bancos
Nesse cenário, deveriam se beneficiar especialmente as empresas estatais, os grandes bancos, como o Itaú Unibanco (ITUB4) e o Bradesco (BBDC4), por exemplo e o setor de siderurgia.
No lado negativo, podem recuar papéis do setor educacional e construtoras que se beneficiam do programa do governo Minha Casa Minha Vida, de acordo com Conde.
Petrobras
Em relação à Petrobras (PETR3; PETR4), especificamente, o analista comenta que a empresa precisará de uma grande capitalização para sanar suas dívidas.
Para Conde, no caso de uma mudança de gestão da empresa, com mais eficiência, o mercado financeiro veria essa capitalização com bons olhos e ajudaria a uma recuperação da companhia.
Outro setor que poderia se beneficiar bastante é o de energia elétrica, de acordo com o analista, uma vez que a atual presidente interferiu diretamente no setor, o que fez com que ele ficasse muito desacreditado pelo mercado financeiro.
Além disso, o setor de etanol também poderia ter elevação no médio prazo em uma possível gestão Temer, uma vez que o governo provavelmente adotaria novas políticas para o preço de combustíveis.
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