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Doria diz que vai privatizar Anhembi e Interlagos e não irá aumentar ônibus em 2017

03/10/2016 18h08

SÃOP AULO - Em sua primeira entrevista coletiva após vencer a eleição para prefeitura de São Paulo, João Doria (PSDB) reforçou algumas de suas propostas feitas em campanha e afirmou ter recebido um recado das urnas:  "o recado anti-PT, um rechaço ao PT e a rejeição à velha política".  Ele afirmou ainda que o alto índice de abstenção e votos nulos também contém uma mensagem e disse que fará o possível para que esses pessoas "se sintam representadas, e não frustradas".

Porém, uma das principais propostas do tucano está relacionada à  privatização do Anhembi e do Autódromo de Interlagos, que ele confirmou nesta segunda-feira (3) que serão mesmo colocados em prática. "Essa decisão já está tomada", afirmou. Já a administração do estádio do Pacaembu será concedida à iniciativa privada por dez ou quinze anos, segundo ele.

Ele disse que a prefeitura pedirá às empresas que vencerem os certames que deem preferência aos servidores municipais que já atuam nesses locais. A privatização foi um dos principais temas da campanha, mas ele  desistiu da venda Pacaembu sem explicar o motivo.

Segundo ele, os três órgãos que formam o Anhembi - Sambódromo, Palácio de Convenções e Pavilhão de Exposições – podem ser privatizados separadamente. O plano de Doria é que, após a venda do Anhembi, o mesmo seja feito com Interlagos, nesta ordem.

Ao contrário do autódromo, no entanto, o parque que leva o nome do bairro continuará sendo público, mas passará a ser administrado pela iniciativa privada. O mesmo pode acontecer com outros parques da cidade, segundo o novo prefeito.

Além disso,  Doria disse que, logo após sua posse, mandará instalar câmeras de vigilância nos principais monumentos de São Paulo, lembrando dos recentes casos de pichação do monumento às Bandeiras e à estátua do Borba Gato na semana passada. " Isso me deixou muito triste. Na verdade, fiquei revoltado mesmo", afirmou.

Para completar, o novo prefeito reforçou que  não haverá alterações na tarifa de ônibus ou aumento de impostos no seu primeiro ano de mandato, em 2017. "A cada dia, a sua agonia", disse sem comentar sobre o que poderá ocorrer nos anos seguintes. Ele também afirmou que provavelmente os impostos municipais não terão alta a partir de 2018.