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Refrigerante pode fazer parte de uma vida saudável, diz o nutrólogo Durval Ribas Filho

Durval Ribas Filho

17/07/2014 09h00

RIO DE JANEIRO, 17 de julho de 2014 /PRNewswire/ -- No começo, era remédio – mas a bebida ficou tão gostosa que, mais de um século depois de sua criação, se tornou um ícone contra a sede para milhões de pessoas. Nos últimos anos, porém, o refrigerante ficou sob os holofotes na discussão sobre alimentação saudável. No entanto, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), Durval Ribas Filho, o refrigerante pode fazer parte de um estilo de vida saudável.

Para Ribas Filho, o problema hoje com a bebida está no excesso de consumo, e não no produto em si. "O que é o refrigerante? É água com corante e açúcar. Portanto, se a pessoa, ao invés de ingerir água, beber o refrigerante, estará consumindo água com açúcar, um componente energético à base de carboidratos. O grande problema está no consumo exagerado", explica.

Defensor do consumo moderado da bebida, Ribas Filho também questiona pesquisas que indicam a presença de substâncias químicas danosas à saúde nos refrigerantes. "Até hoje, absolutamente nenhum trabalho conseguiu mostrar ou provar que, na quantidade em que se deve ser consumido o refrigerante, o corante e o aromatizante seriam suficientes para favorecer o desenvolvimento de doenças", explica.

Ribas Filho lembra que a principal diferença entre as gerações atuais e a passada é a forma como o refrigerante é usado. "Antes, o refrigerante era consumido, na maioria das vezes, no final de semana. Não havia o excesso", lembra. E o refrigerante também pode ajudar na hidratação, uma vez que a água compõe entre 87% e 99% da bebida e o sabor incentiva as pessoas a consumirem mais líquido.

O açúcar presente no refrigerante costuma ser apontado como o argumento mais forte para se evitar a bebida. Um copo de 200ml contém aproximadamente 20g de açúcar, o que corresponde a duas colheres de sopa. Vale lembrar que todo alimento que contém açúcar deve ser consumido de acordo com o estilo de vida da pessoa. O nutrólogo afirma que o consumo consciente do açúcar implica em estabelecer uma boa relação entre a quantidade ingerida e o gasto calórico de cada um, ou seja, o consumo deve ser individualizado.

Segundo ele, é preciso levar em consideração a presença do refrigerante na cultura da sociedade moderna e, ao invés de atacá-lo, descobrir formas de conviver saudavelmente com a bebida. "O refrigerante já faz parte da nossa história há quatro gerações. Em vez de combatê-lo, é necessário investir na educação alimentar", defende o nutrólogo.

Contato: (21) 3206-6246

FONTE Durval Ribas Filho