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Com R$ 50 mil é possível abrir franquia de academia

Afonso Ferreira

Do UOL, em São Paulo

28/09/2012 06h00

O número de academias de ginástica e musculação não para de crescer. De acordo com o relatório IHRSA Latin American Report 2012, produzido pela IHRSA, entidade internacional do mercado fitness, o total de unidades no país aumentou 30% em 2011, chegando a 23,4 mil. E o faturamento do setor fitness e de bem-estar subiu 10%, alcançando a marca de R$ 2,45 bilhões no ano passado.

De olho nesse mercado, o setor de franquias criou modelos de negócio para vários públicos, com investimento a partir de R$ 50 mil. É o caso das unidades da rede Emagrecentro Fitness, que não cobra taxa de franquia. Já a Fórmula Academia e a Pelé Club têm investimento inicial acima de R$ 1 milhão.

Para o diretor-executivo da ABF (Associação Brasileira de Franchising), Ricardo Camargo, as capitais e regiões metropolitanas, como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF), são os mercados onde há maior demanda por serviços de academia.

“São cidades com grande concentração de renda e que já sofrem com problemas de trânsito. As franquias estão se instalando em regiões comerciais. O indivíduo sai do trabalho e vai para a academia enquanto espera o trânsito diminuir”, afirma.

Abrir nas metrópoles tem custo elevado

Segundo Camargo, estar dentro ou próximo aos centros comerciais tem impacto direto no custo de uma franquia de academia. O alto valor imobiliário somado à aquisição de aparelhos para exercícios físicos elevam o valor do investimento inicial do negócio. Os preços apurados pelo UOL variam de R$ 50 mil a R$ 1,1 milhão.

“As franquias são mais focadas no público das classes A e B. Por isso, o ponto comercial tem de ser bom e o custo, normalmente, é maior”, diz o diretor-executivo da ABF.

Terceira idade é público crescente

O presidente da Fitness Brasil, empresa especializada no mercado de academias e bem-estar, Waldyr Soares, afirma que o aumento no número de pessoas acima de 60 anos no país também contribui para o crescimento do setor.

“Os mais velhos estão ‘invadindo’ as academias e criando uma nova demanda. São mais fiéis como alunos do que os jovens e entendem que precisam viver melhor”, declara.

Soares ainda diz que, hoje, os consumidores estão mais exigentes e esclarecidos do que há 20 anos. Quem procura uma academia tem objetivos específicos, como perda de peso, definição muscular ou um programa de exercícios físicos para diabéticos.

O empreendedor da área precisa atender a esta demanda e saber responder às dúvidas dos alunos. “Mais do que vender, o empresário tem de ser exemplo e convencer o cliente. A maior dificuldade do negócio é convencer o aluno de que a mudança de hábitos fará bem à saúde dele”, afirma.