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Embraer faz acordo para entrar na produção de helicópteros

Helicóptero AW139 produzido pela AgustaWestland, empresa que anunciou parceria com a Embraer - Divulgação/AgustaWestland
Helicóptero AW139 produzido pela AgustaWestland, empresa que anunciou parceria com a Embraer Imagem: Divulgação/AgustaWestland

Do UOL, em São Paulo

21/01/2013 09h17Atualizada em 21/01/2013 10h23

A Embraer (EMBR3) anunciou nesta segunda-feira (21) a intenção de ingressar na fabricação de helicópteros por meio de uma joint venture com a AgustaWestland, empresa do grupo italiano Finmeccanica, dentro de sua estratégia de diversificar receita.

A maior fabricante mundial de jatos regionais disse que estudos preliminares indicam grande potencial de mercado para helicópteros bimotores, de capacidade média, principalmente para atender o setor de óleo e gás. O crescente orçamento de defesa do Brasil e a demanda privada em cidades congestionadas pelo trânsito também criam oportunidades.

O âmbito da parceria ainda está sendo definido, mas a proposta é personalizar e produzir helicópteros da AgustaWestland e alguns de seus componentes no Brasil para venda em toda a América Latina. As conversações deixam em aberto a possibilidade do desenvolvimento de novos helicópteros.

Sem informar detalhes financeiros da parceria, ambas as companhias informaram esperar estabelecer a joint venture "em poucos meses".

"Este é um passo importante para a Embraer, em continuidade à expansão dos nossos negócios", disse o presidente-executivo da empresa brasileira, Frederico Curado, em comunicado.

A AgustaWestland já tem parcerias similares na Rússia, Índia e China, e o novo acordo faz parte de uma estratégia de expansão em mercados emergentes, disse um porta-voz da companhia italiana.

A busca de novas áreas de atuação pela Embraer ganhou impulso nos últimos anos, sobretudo após a crise financeira e recessão global de 2008/09. Na ocasião, a fabricante tinha sua carteira de encomendas fortemente concentrada no segmento de aviação comercial, mais suscetível aos ciclos econômicos.

Além de se expandir na aviação executiva, a Embraer voltou a atenção mais recentemente ao segmento militar, em que desenvolve o cargueiro KC-390 --o maior avião já produzido no Brasil.

A empresa também avalia sua entrada na construção de navios, mantendo conversas preliminares com estaleiros do Brasil e do exterior para a montagem de embarcações.

Em outra frente, a Embraer está trabalhando no mercado de  veículos aéreos não-tripulados (Vant), por meio de uma sociedade com a AEL Systems, subsidiária da israelense Elbit Systems.

(Com informações da Reuters)