Comercial da Coca-Cola é acusado de racismo contra árabes
Um comercial da Coca-Cola nos Estados Unidos está sendo acusado de racismo por instituições árabe-americanas.
O filme de cerca de um minuto publicado na internet mostra um homem em trajes árabes puxando um camelo pelo deserto. No vídeo, o árabe avista uma garrafa gigante de coca-cola. Em seguida, aparecem cowboys, showgirls de Las Vegas e um grupo de motoqueiros ao estilo do filme "Mad Max".
Ao final do filme, é pedido que o público vote on-line em quem vencerá a corrida pela garrafa de coca-cola. O site não oferece a opção para votar no personagem árabe.
Veja o comercial criticado por suposto racismo
O 'teaser' publicitário é uma prévia do comercial que deverá ir ao ar neste domingo (3), durante a final do campeonato de futebol americano, o Super Bowl. O evento tradicionalmente quebra recordes de audiência da TV dos EUA. No ano passado, alcançou a maior audiência da história, tendo sido visto por 111,3 milhões de espectadores no país. Foi o terceiro ano em que a partida quebrou seu próprio recorde de audiência.
"Qual mensagem a Coca-Cola manda com isso? Ao não incluir o árabe na corrida, fica claro que o árabe é mantido em outro nível quando comparado aos outros personagens do comercial", afirmou o diretor de assuntos políticos e jurídicos do Comitê Anti-discriminação Árabe-americano (ADC, na sigla em inglês), Abed Ayoub.
"O comercial da Coca-Cola para o Super Bowl é racista, retratando os árabes como tolos e atrasados jóqueis de camelo, que não têm chance de vencer no mundo", disse o presidente do Instituto Muçulmano para Estudos Inter-religiosos.
A porta-voz da Coca-Cola, Lauren Thompson, afirmou à agência de notícias Reuters que a empresa procurou ter uma abordagem "cinematográfica" no comercial, utilizando os personagens como símbolos de filmes antigos.
"A Coca-Cola é uma marca inclusiva, apreciada por todos os povos. Nós mostramos nossos valores, de diversão e refrescância a felicidade, inpiração e otimismo em todo o nosso marketing", afirmou Thompson à Reuters, em tradução livre do inglês.
Ayoub, da ADC, diz ainda que a instituição vai tentar entrar em contato com a Coca-Cola, antes da exibição do comercial na TV neste domingo, para tentar reverter a situação.
(Com Reuters)
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