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Mercado prevê inflação e crescimento menores, e juros mais altos em 2013

Do UOL, em São Paulo

25/03/2013 08h38Atualizada em 25/03/2013 11h26

O mercado elevou pela terceira semana seguida a projeção para a taxa básica de juros (Selic) em 2013, a 8,50% ante 8,25% anteriormente, ao mesmo tempo em que reduziu a perspectiva para a inflação e para o crescimento da economia neste ano, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira (25).

A pesquisa também mostrou que os analistas consultados pelo BC deixaram inalterada a perspectiva para 2014 da taxa básica de juros --hoje na mínima histórica de 7,25% ao ano-- em 8,5%.

Os analistas consultados veem agora a inflação medida pelo IPCA a 5,71% neste ano, ante 5,73% na pesquisa anterior. Já a projeção de crescimento da economia --expansão do Produto Interno Bruto (PIB)-- em 2013 foi reduzida a 3%, ante 3,03% anteriormente.

Inflação pressiona governo

A pressão inflacionária tem apresentado um dilema para o BC, uma vez que a recuperação econômica ainda é frágil e a disseminação da alta dos preços é forte entre os setores.

Na sexta-feira, o IPCA-15 --prévia da inflação oficial do país-- mostrou desaceleração da alta mensal em março, mas isso não foi suficiente para aliviar a expectativa do mercado de elevação da Selic a partir de maio, com a taxa em 12 meses acumulando 6,43%.

Esse resultado ficou bem próximo do teto da meta do governo, de 6,5% pelo IPCA.

No Focus, os analistas fizeram mais um ajuste e veem agora o IPCA em 5,71% neste ano, ante 5,73% na pesquisa anterior. Para 2014 houve elevação da perspectiva a 5,60%, contra 5,54% anteriormente.

Mercado prevê crescimento de 3% e dólar a R$ 2

Por sua vez, a perspectiva para a expansão da economia brasileira em 2013 foi reduzida a 3%, após 3,03% anteriormente, mesmo após sinais de um início de ano em recuperação, puxado pela indústria e também pelo varejo.

Para 2014, os analistas mantiveram a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 3,5%.

Já a expectativa para o câmbio no final deste ano foi mantida em R$ 2 pela quarta semana seguida.

(Com Reuters)