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Negócios digitais estão em alta, mas exigem cuidados

Larissa Coldibeli

Do UOL, em São Paulo

03/04/2013 06h00

Os empreendedores Daniel Belarmino da Silva, Nilson Gouveia e Thiago Ueda são donos de empresas diferentes, mas com uma coisa em comum: todos dependem da rede social de fotos Instagram para fazer negócios.

O Instagram é um aplicativo de celular gratuito que permite aos usuários tirar uma foto, aplicar um filtro e depois compartilhá-la em uma variedade de redes sociais. Atualmente, a rede conta com 90 milhões de usuários, segundo dados oficiais da empresa.

Depender somente do Instagram , de outra rede social ou de um único fornecedor para criar ou fabricar seus produtos, no entanto, não é bom para o negócio, segundo o consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo) Marcelo Sinelli.

“Hoje, esse mercado está aquecido, mas pode ocorrer uma mudança tecnológica que afete o negócio. O empreendedor tem que pensar, pelo menos, cinco anos à frente e ter sempre um plano B, ou até um plano C para uma possível emergência”, declara.

Por outro lado, os negócios digitais, que exigem pouco espaço de armazenamento, e os produtos personalizados são uma tendência de mercado e oferecem boas oportunidades, de acordo com o consultor.

Gabriel Borges, sócio da Ampfy, agência de comunicação especializada em mídias sociais, diz que o Instagram faz sucesso entre os usuários e motiva a criação de outros negócios porque comunicar por imagem é fácil.

Além disso, é uma rede social otimista, com conteúdo bonito, positivo e interessante.

No entanto, ele diz que para a empresa relacionada à rede social ter sucesso, é importante que o empreendedor tenha claro qual é o seu negócio principal.

“O empresário tem que desenvolver uma rede de clientes e interessados que extrapole a rede social. Se o negócio da empresa é imprimir fotos, ela tem que ser a melhor nisso e não apenas uma impressora de fotos do Instagram. As redes sociais entram e saem de moda muito rapidamente, a empresa tem que acompanhar a tecnologia para permanecer no mercado”, afirma Borges.