Governo não poupará medidas para controlar inflação, diz Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira (10) que o governo não poupará medidas para controlar a inflação.
Ele disse ainda que o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março mostra trajetória de queda da inflação. O indicador no mês passado ficou em 0,47%, atingindo, em 12 meses, 6,59%. É a maior taxa desde novembro de 2011, quando a inflação chegou a 6,64%.
Com o resultado, o mercado praticamente descartou elevação da Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central da próxima semana, deixando a alta para maio.
Inflação pode perder forçar ao longo do ano
De acordo com o Boletim Focus, a economia do Brasil deve crescer 3% neste ano. Mas a maior parte da expansão recente tem sido apenas devido à forte demanda dos consumidores, uma vez que os investimentos têm ficado apáticos em meio à percepção da pesada intervenção do governo na economia.
Por ora, a expectativa da maioria dos economistas é de que a inflação perca força ao longo do ano, para 5,7%. Mas a taxa continuaria nesse patamar no ano que vem e não voltaria para o centro da meta num futuro próximo, o que poderia aumentar as incertezas sobre as perspectivas para investimentos.
Alimentos pesam na inflação
A alta no preço de alimentos mais uma vez foi a maior vilã da inflação, mesmo após a redução de impostos sobre os produtos da cesta básica, em um sinal de que os esforços para controlar a inflação por meio de medidas fiscais têm tido efeito limitado.
O aumento recente da inflação pegou o BC de surpresa. Há seis meses, a autoridade monetária --aparentemente mais preocupada na ocasião com o fraco crescimento da economia do que com os preços-- reduziu a Selic pela décima vez consecutiva, para o recorde de 7,25%.
Naquela época, a previsão do BC era de que a inflação terminaria março a 5,2%.
(Com Reuters)
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