Vale, Petrobras e Ambev perdem juntas R$ 138 bilhões no ano
As gigantes Vale, Petrobras e Ambev registraram as maiores perdas em valor de mercado na Bolsa de Valores no ano, segundo levantamento da consultoria Economatica.
Com quedas de R$ 71,9 bilhões, R$ 52,3 bilhões e R$ 14 bilhões, respectivamente, as três empresas acumularam desvalorização de R$ 138,2 bilhões no período.
Valor de mercado (em R$ bilhões)
Empresa | Valor de mercado em 31/12/2012 | Valor de mercado em 27/06/2013 | Variação |
Vale | 215,1 | 143,2 | -71,9 |
Petrobras | 254,9 | 202,6 | -52,3 |
Ambev | 264,3 | 250,3 | -14 |
- Fonte: Economatica
A mineradora Vale (VALE3; VALE5) foi a empresa que mais perdeu valor no ano. As ações da Vale são as que têm o maior peso no Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo.
Segundo analistas, as preocupações com a economia chinesa fizeram os papéis da empresa brasileira se desvalorizarem.
A China é a maior importadora do minério produzido pela Vale. O país está em uma situação financeira delicada, com medidas do banco central chinês para reduzir empréstimos a outros bancos, deixando os investidores preocupados.
Uma crise econômica lá faria com que se reduzissem suas importações em geral, incluindo o minério da Vale.
Petrobras
Os papéis da Petrobras na Bolsa (PETR3; PETR4) sofrem principalmente com a alta do dólar.
A estatal vem amargando prejuízos na área de abastecimento, porque importa gasolina para revendê-la, a preços mais baixos, no mercado brasileiro --o governo, controlador da Petrobras, não permite o repasse da instabilidade dos preços do petróleo para os combustíveis.
Ambev
A gigante mundial de bebidas Ambev (AMBV3) teve queda de valor de mercado no ano após subir forte e se tornar a maior empresa de capital aberto do país. Analistas afirmam que a ação da empresa teve uma "correção", após atingir o valor recorde de R$ 91 em janeiro.
Maiores altas
Entre as maiores altas da Bolsa no ano, estão as ações de Cielo (CIEL3), BRF (BRFS3) e Embraer (EMBR3). As empresas ganharam juntas R$ 15,4 bilhões em valor de mercado, com valorizações de R$ 5,8 bilhões, R$ 5,3 bilhões e R$ 4,3 bilhões, respectivamente.
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