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Bandejão com polpetone e nhoque rende R$ 1,5 mi por ano a empresa

Larissa Coldibeli

Do UOL, em São Paulo

O cardápio exclusivamente italiano dos almoços de domingo foi a inspiração para a família Tuzzolo Paulino abrir um negócio centrado na culinária que a acompanha há muitas gerações.

Hoje, a empresa fornece pratos tipicamente italianos como polpetone (discos de carne moída recheados com queijo), nhoque e outras massas para serem servidos nos bandejões das empresas.

Depois de inaugurar o restaurante Capisce, em São Paulo (SP), em 2002, a família resolveu ampliar sua atuação. Em 2004, investiu R$ 300 mil na criação de uma central de produção de massas. Com isso, passou a fornecer alimentos pré-prontos para outros estabelecimentos, como restaurantes corporativos, clubes e hotéis.

"Quando abrimos o restaurante, comprávamos as massa de terceiros. Criamos o centro de produção para ter mais controle com a qualidade dos produtos e passamos a ser procurados por outras empresas interessadas em servi-los", conta Alexandre Tuzzolo Paulino, 41, um dos sócios da empresa.

O negócio deu certo e hoje a central de produção do Capisce faz 10 toneladas por mês de massas e carnes italianas, como polpetones e parmigianas (bife à milanesa coberto de queijo e molho de tomate). Entre as massas produzidas estão canelone, cappelletti, lasanha, nhoque, ravióli e rondelle. 

Os alimentos são vendidos para os clientes pré-cozidos, congelados e em porções individuais. Atualmente, apenas 15% da produção é destinada para o restaurante próprio, no bairro de Pinheiros, na capital paulista, segundo Paulino. 

O centro abastece hoje cerca de 80 clientes corporativos. Entre eles estão os clubes Paulistano e Alto dos Pinheiros e os empórios Alpha Tem, Cuccina Tutto Pronto, King Gel, a Casa de Carnes London e a administradora de restaurantes corporativos Sodexo.

Por meio da Sodexo, os pratos do Capisce chegam aos refeitórios do Complexo Itaú e do Hospital São Luiz – unidade Anália Franco, ambos em São Paulo (SP). O faturamento anual é próximo de R$ 1,5 milhão, segundo o empresário.

"Vendemos de acordo com a demanda do cliente e nossos contratos não têm longa duração. Por isso, pretendemos aumentar o número de restaurantes próprios, abrindo mais duas ou três unidades até 2014. O objetivo é equilibrar as fontes de faturamento da empresa e não ficarmos tão dependentes de clientes externos", afirma Paulino.

Reinaldo Messias, consultor do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas de São Paulo), diz que há oportunidades no setor de alimentação corporativa, já que as empresas brasileiras subsidiam a alimentação de seus empregados, seja por meio do pagamento de vale-refeição ou por meio de refeitório no local de trabalho.

O mercado de refeições coletivas –restaurantes corporativos que fornecem alimentação a empresas como indústrias, hospitais e escolas– faturou R$ 14,7 bilhões, em 2012, ante R$ 13 bilhões, em 2011, um crescimento de 13%, segundo a Aberc (Associação Brasileira das Empresas de Refeições). A projeção para 2013 é de crescimento entre 10% e 20%.

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