IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Empresas de Eike devem R$ 1,2 bi ao BNDES em 2013, segundo jornal

Do UOL, em São Paulo

24/07/2013 10h05

Empresas de Eike Batista devem ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) pelo menos R$ 1,17 bilhão a serem pagos até o fim do ano. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo", que afirma ter tido acesso aos contratos firmados entre as empresas e o banco. 

Segundo a reportagem, outros R$ 683 milhões vencem em 2014. Os valores foram calculados com base nos contratos firmados entre 2009 e 2012 na gestão do atual presidente do banco, Luciano Coutinho. Os contratos foram enviados pelo próprio BNDES ao Congresso Nacional, segundo o jornal.

As empresas do bilionário enfrentam uma séria crise de confiança no mercado e grandes perdas na Bolsa de Valores.

CLIQUE NA IMAGEM E VEJA OS NEGÓCIOS DE EIKE BATISTA

  • Arte/UOL

Na semana passada, o mesmo jornal já havia noticiado que o BNDES estaria favorecendo Eike Batista, por meio de alteração de prazos, recursos e exigências nos contratos. A informação foi contestada pelo BNDES.

Segundo a reportagem da semana passada, os contratos firmados entre 2009 e 2012 entre o BNDES e as empresas de Eike ultrapassavam R$ 10 bilhões.

De acordo com os documentos obtidos pelo jornal, na reportagem desta quarta, R$ 918 milhões deveriam ter sido quitados até junho deste ano.

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado deve convidar Luciano Coutinho a discutir os empréstimos do banco às empresas de Eike. A data será definida em agosto.

Eike em crise

Em maio de 2011, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões, o brasileiro disse que se tornaria o mais rico do mundo até 2015 --mas o sonho tem ficado cada vez mais distante.

Com a falta de resultados e o pessimismo em relação ao futuro do grupo EBX, o mercado vem castigando as ações dessas empresas na Bolsa de Valores. Consequentemente, a fortuna de Eike vem encolhendo.

Ao final de junho de 2013, começaram a surgir rumores de que as empresas de Eike não teriam condições de honrar seus compromissos com os credores e teria que renegociar dívidas de curto prazo. Isso gerou mais temor entre os investidores. As empresas negaram.